Web Novela de Everton B Dutra
“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.
Sinopse: Miguel Dellafranco é o único herdeiro das empresas Dellafranco, que seu avô, Toni, o deixou depois de sua morte, mas para receber a herança milionária, há uma cláusula no contrato em que Miguel terá de se casar com a última pessoa da geração de Eleonor Tavares, amor de Toni no passado.
Essa pessoa é Juliano, que luta para sobreviver com o pouco que ganha, sustenta sua mãe que sofre de Alzheimer e está internada numa clínica. As dívidas aparecem e ele está desesperado, no meio de todo o caos, Juliano acaba encontrando um bebê abandonado, e passa a cuidar dele.
O bebê, a quem coincidentemente dá o nome de Toni, é filho de Leandra, uma mulher apaixonada por Miguel, que quando soube que ele havia doado seu sêmen, tratou de, ilegalmente, fazer inseminação artificial com o material do mesmo. Só que quando ela teve o bebê, passou por uma depressão e, inconsciente, acabou o abandonando.
Miguel é um homem amargo e desiludido, que vive às turras com sua filha Jade, a quem ele é severamente duro. Ela é uma garota rebelde, que tem mania de furto e faz de tudo para chamar a atenção do pai. Mas, suas vidas mudam quando Juliano e Toni se mudam para a mansão, fazendo Miguel redescobrir sentimentos e trazendo, novamente, cores que ele não enxergava em seu mundo preto e branco.
Paralelo a isso, Mel é uma garota doce e genuína, que sofre com as humilhações constantes da irmã, Laís, e da própria mãe, Verônica, por conta de seu peso. Como consequência, Mel coexiste numa batalha diária com sua imagem, se achando uma completamente incompetente para o amor. Se aproveitando de sua fragilidade emocional, o michê Ricardo, se aproxima da garota com o intuito de valer-se de sua fortuna, faltando com seus escrúpulos e se envolvendo até mesmo com sua irmã, a invejosa Laís. Será mesmo que um bom coração é capaz de aceitar menos do amor do que ele realmente merece?
01 INT. CASA DE JULIANO — NOITE.
Um choro de bebê invade a cena.
ENTRA: Cruel — Nina Fernandes.
a)Juliano passa pela CAM embalando a criança e cantando atrapalhado para que durma. Desaparece.
Chora novamente.
b)Juliano outra vez o embala, dessa, um pouco mais cansado.
Desaparece.
Choro outra vez.
c)Juliano novamente, dessa, exausto e sonolento.
= = CORTE DESCONTÍNUO = =
Juliano dorme no sofá e logo a frente, numa cama, o bebê dorme.
Silêncio.
E criança volta a chorar.
Juliano rapidamente levanta-se e vai até a cama, deitando-se e balançando a criança até os dois dormirem.
02 INT. CASA DE JULIANO — DIA.
Vemos o sol adentrar na casa. CAM. Ilumina o rosto de Juliano, que se acorda e nota o bebê acordado, que sorri para ele.
JULIANO 一 Oi, gatão. Dormiu bem?
Juliano brinca com o bebê, mas seu semblante se mostra preocupa.
JULIANO 一 Como é que eu vou cuidar de você agora? Eu não sei cuidar nem de mim direito… Fora que eu ainda tô desempregado. Talvez a gente passe até fome, mas eu não quero te deixar sozinho. Ouviu? (Sorri) É sim, é sim, é claro que é.
Juliano sorri.
03 INT. EMPRESA DELLAFRANCO — DIA.
O Elevador se abre, sai Miguel, apressado. Passa por Ava, ligeiro.
AVA 一 Senhor, Miguel
MIGUEL 一 Senhorita, Ava, não me acordei de bom humor, então, portanto, se for me importunar com problemas dos quais não me interessa, acho melhor nem abrir a boca.
AVA 一 É que nesse caso lhe interessa, sim. É sobre a pessoa que o senhor me pediu para achar o endereço… Lembra? Aquela pessoa.
Ava sorri, convencida. Miguel espera.
MIGUEL 一 Tá, já se mostrou prestativa, mas quero ver sua competência. Anda, achou ou não achou o endereço?
AVA 一 Sim, achei.
Ava pega um papel e entrega a Miguel.
AVA 一 Deu trabalho.
MIGUEL 一 (Lendo o papel) Não interessa, afinal você é paga pra isso. Como se não bastasse ainda tenho que me deslocar pro fim do mundo. Eu mereço.
Miguel caminha até sua sala. Ava dá de ombros e depois revira os olhos.
AVA 一 Ai, esqueci de ligar pra o pessoal da entrevista de emprego. Melhor cuidar que hoje ele tá com a macaca.
Ava senta-se e pega o telefone.
04 INT. SHOPPING, LOJA-DIA.
Jade caminha por uma loja do shopping e olha uns óculos escuros. Uma vendedora se aproxima.
VENDEDORA 一 Precisa de ajuda?
JADE 一 (sorri) Na verdade, sim. Eu adorei esse óculos, mas eu quero vários com cores diferentes. Infelizmente aqui não tem.
VENDEDORA 一 (lamenta) É, realmente.
JADE 一 Poderia conferir no estoque? Quero muito esses óculos (sorri). Sabe como é, né? A gente sempre quer se destacar.
VENDEDORA 一 Pois não.
A vendedora sai. Jade põe os óculos no rosto, olha-se no espelhos e sorri. Em seguida, sai andando para fora da loja.
JADE 一 Ai, ai. Tudo para atrapalhar a vida super badalada do grande Miguel Dellafranco.
Ri alto.
JADE 一 Eu me adoro!
05 INT. CASA DE JULIANO — DIA.
Juliano está balançando o bebê no colo, que chora estridentemente. Em Juliano, aflito.
JULIANO 一 Eu não sei mais o que eu faço pra te acalmar. Meu Deus do céu, eu tô perdido! Completamente perdido. Como que eu vou arranjar emprego desse jeito? Não posso te deixar sozinho… Peraí, agora que eu me toquei que você não tem nome. Como é que eu vou te chamar, heim?
O telefone toca. Juliano suspira e caminha, ainda com o bebê nos braços. Ele se agacha e agarra o telefone, atrapalhado.
JULIANO 一 Alô? Sim, sou eu. Como? Entrevista de emprego? Hoje? Na empresa DELLAFRANCO? Sim, sim, claro que sei. Obrigado.
Desliga. Juliano sorri, contente.
JULIANO 一 Taí, já sei como vou te chamar. Toni. É um belo nome, não é Toni?
06 EXT. EMPRESA DELLAFRANCO-DIA.
PLANO AÉREO. Um helicóptero sobrevoa o prédio da empresa.
TOCANDO: Às Vezes-Tulipa Ruiz.
CAM foca no rosto de LEANDRA (25) que está na porta do helicóptero, segurando um saco cheio de pétalas de rosas vermelhas. Ela grita e ri.
O helicóptero para no ar e ela joga as pétalas sobre o prédio da empresa. Muitas caindo em SLOW MOTION.
CORTE IMEDIATO PARA:
07 INT. EMPRESA DELLAFRANCO, SALA DE MIGUEL — DIA.
Miguel agora se encontra numa reunião de negócios, com muitos dos investidores.
MIGUEL 一 Então, é por isso que devemos implantar um novo sistema na empresa, mais moderno e dinâmico para maior facilidade e espaço no mercado…
Todos olham para atrás dele, em direção ao grande paredão de vidro com vista para a cidade. Ele desconfia e, hesitante, vira-se, notando as milhares de pétalas caindo.
MIGUEL 一 Só um minuto.
Miguel sai em disparada para FORA DA SALA. CAM O ACOMPANHA: Passa pela RECEPÇÃO, onde Ava imediatamente o acompanha até
ELEVADOR e são levados até o
TERRAÇO.
08 EXT. EMPRESA DELLAFRANCO, HELIPONTO/TERRAÇO — DIA.
O vento é forte e as pétalas caem todas no chão.
MIGUEL 一 O que é isso?
AVA 一 Não sei, seu Miguel, isso não estava sendo esperado, eu…
MIGUEL 一 Eu sei, Ava, foi uma pergunta retórica.
= = CORTE DESCONTÍNUO = =
Foco em Leandra, que ajeita o capacete e confere o equipamento de paraquedas.
LEANDRA 一 E agora! Uhu!
Leandra salta do helicóptero e um tempo depois, em queda, aciona o paraquedas, pairando no ar e pouco depois pousando no terraço da empresa.
LEANDRA 一 (afobada) Miguel!
Leandra acena. Ela vai retirando o equipamento.
MIGUEL 一 Ah, não…
Leandra corre e agarra Miguel, pulando em seus braços e beijando-o. Ele pega em seus braços e a afasta.
MIGUEL 一 Leandra, Leandra… O que você acha que está fazendo?
LEANDRA 一 Gostou?
MIGUEL 一 Vem cá!
Miguel a puxa pelo braço.
09 EXT. RUA — DIA
Jade caminha pelas ruas. Muito movimento. As pessoas ultrapassam outras e andam apressadamente.
CAM foca no Rapaz a quem Jade roubou o carro no dia anterior conversando com dois policiais. Jade para ao notar e fica atônita no meio da rua.
JADE 一 Merda!
O Rapaz, de relance, a olha, mas somente depois cai em si e cutuca rapidamente os policiais.
RAPAZ 一 Ali, ali! Foi aquela garota que me roubou ontem, foi ela!
Jade corre, imediatamente os policiais e o rapaz correm atrás dela, numa perseguição.
ENTRA.
SONOPLASTIA: WHAT THE HELL- AVRIL LAVIGNE
CAM. Jade empurra as pessoas para abrir caminho e os policiais se atrapalham, principalmente quando dois funcionários de uma vidraçaria passam no meio deles com uma tela de vidro.
RAPAZ 一 Corram! Vão atrás dela! Ah, mas eu te pego garota!
E sai em disparada.
10 INT.EMPRESA DELLAFRANCO, SALA DE MIGUEL — DIA.
Miguel adentra com Leandra.
LEANDRA 一 Ai, me solta! Está me machucando!
MIGUEL 一 Com que direito você acha que veio aqui? Ficou louca? Fazer esse fuzuê todo no meu horário de trabalho! Meu Deus, o que os investidores vão pensar?
LEANDRA 一 Ai, deixa de ser careta! Exagero seu heim? Poxa, eu saio de Milão e aterrizo aqui por você e nenhum um bom dia você me dá? Parece até que você se esqueceu da nossa história.
MIGUEL 一 Que história, criatura? Não tem história nenhuma, pirou?
LEANDRA 一 Ah, tem sim, tem sim e você sabe que tem.
Leandra empurra Miguel na cadeira giratória, sentando em seu colo e girando a cadeira. Estava prestes a beijá-lo quando a porta é aberta bruscamente.
Adentra Jade, nervosa e ofegante.
JADE 一 Pai, eu preciso te contar um coisa. O que essa mulher está fazendo aqui?
LEANDRA 一 Aí, a pirralha tinha que aparecer!
E de repente o rapaz e os policiais adentram.
RAPAZ 一 Aqui. Prende ela!
Os policiais pegam Jade pelo braço. Ela se debate.
JADE 一 Me solta!
MIGUEL 一 O que é que está acontecendo aqui?
Fala Miguel, levantando-se.
Foco em outro ponto. Acaba de adentrar Juliano, confuso.
JULIANO 一 Desculpa, não tinha ninguém na recepção. Eu vim pra entrevista de emprego e/
Juliano vê Miguel e fica perplexo.
JULIANO 一 Você.
A cena congela.
Fim do capítulo.
OBRA REGISTRADA E PROTEGIDA PELA LEI N° 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO, DE 1998. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.