De Wesley Franco
Ú L T I M A S S E M A N A S
“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.
Cena 1. Rio de Janeiro / Ruas escuras / Noite.
Glória perambula pelas ruas sem saber como voltar para casa, ela anda de um lado para o outro, até que é abordada por uma moradora de rua.
Moradora – Tá perdida dona?
Glória – Eu não sei.
Moradora – Como não sabe?
Glória – Eu não me lembro.
Moradora – Tá frio e ficar andando por essas ruas é muito perigoso, deita aqui e passa noite por aqui, amanhã você procura o seu lugar.
Glória – Obrigada. – Glória se deita no chão.
Moradora – Toma esse cobertor aqui na rua faz muito frio. – diz ela cobrindo Glória com o cobertor.
Cena 2. Rio de Janeiro / Amanhecendo.
Cena 3. Rio de Janeiro / Barra da Tijuca / Mansão de Caíque / Quarto de Milena / Dia.
Caíque dar instruções a Milena.
Caíque – O Victor chega hoje ao Rio?
Milena – O Alex disse que sim.
Caíque – Eu preciso descobrir o que ele está escondendo, essa viagem tão longa a Salvador para resolver apenas detalhes dos projetos não me convenceu, tenho certeza que tem algo a mais, e preciso descobrir o que é.
Milena – Ficarei de ouvidos bem atentos para caso ele fale alguma coisa a respeito.
Caíque – Só os ouvidos atentos não é suficiente, irei lhe dar um gravador e você vai esconder na sala do Victor, assim poderei ouvir tudo que ele falar dentro daquela sala.
Milena (Sorrir) – Ótima ideia.
Caíque – E os fornecedores já repassaram o dinheiro?
Milena – Só quando o Victor assinar o contrato.
Caíque – Quanto nós iremos ganhar com isso?
Milena – Vinte mil reais.
Caíque – Somente? Isso é muito pouco.
Milena – Foi só um contrato de compra de materiais para o escritório ou seja coisas básicas, os grandes contratos viram com os projetos que estão por vim.
Caíque – Eu quero tudo! Eu quero sugar o dinheiro daquele escritório até o último centavo.
Cena 4. Salvador / Hospital Geral / Quarto Nº 202 / Dia.
Otávio fica ao lado de Lorena enquanto ela se recupera.
Otávio – O que ela tem doutor?
Médico – Ainda não sabemos, assim que ela acordar iremos realizar uma série de exames e vamos descobrir os motivos que fizeram ela desmaiar.
Otávio – Pode ser grave?
Médico – Isso só saberemos com os resultados dos exames, posso lhe dizer que as vezes não é nada e algumas vezes é algo muito sério, com licença volto quando ela acordar. – O médico sai.
Cena 5. Rio de Janeiro / Copacabana / Apartamento de Glória e Raul / Dia.
Glória volta para casa para o alívio da família.
Wolf – Acabei de dar a queixa na delegacia.
Alex – Estou muito preocupado, procuramos em todas as regiões da cidade e não a encontramos.
Marília – Não podemos pensar no pior, vamos torcer para que ela se lembre de algo e volte para casa.
Raul – Eu nunca vou me perdoar por ter deixado ela sair sozinha.
Alex – Vô você precisar levar a vovó ao médico, ela precisa de acompanhamento, de tratamento.
Raul (Chora) – Juro, eu juro que se a Glória voltar irei leva-la ao médico para que ele possa trata-la, eu sei que esses tratamentos podem acabar matando-a mas não tenho mais forças para lutar sozinho.
Glória abre a porta e entra no apartamento como se nada tivesse acontecido.
Glória – Bom dia, que surpresa vocês todos reunidos aqui.
Raul – Glória meu amor. – Raul abraça Glória.
Glória – Que abraço apertado Raul.
Raul – Onde você esteve?
Glória – No shopping, esqueceu? Não encontrei nada do que eu queria, o shopping está um verdadeiro horror, muito cheio, pessoas andando coladas uma as outras. Preciso tomar um banho, já, já volto e falo com vocês. – diz Glória indo ao banheiro.
Wolf – Ela já voltou ao normal.
Raul – Graças a Deus ela já está aqui.
Alex – Que bom que ela vovó voltou, lembre-se da sua promessa vô.
Raul – Irei cumpri-la.
Alex – Bom família tenho que ir, o trabalho me espera.
Marília – Bom trabalho meu filho. – Marília dar um beijo na testa de Alex.
Cena 6. Salvador / Sede do Governo / Sala de Felipe / Tarde.
Arlete pede ajuda a Felipe.
Arlete – Preciso que você me ajude a tirar a minha mãe das mãos daquele louco.
Felipe – Você está muito nervosa, me conta com calma o que está acontecendo.
Arlete – O meu pai está mantendo a minha mãe presa dentro de casa, e só Deus sabe o que ela pode estar passando nas mãos daquele homem, ela me ligou desesperada me pedindo ajuda, mas eu não sei o que fazer.
Felipe – Irei acionar a polícia imediatamente e vamos agora para Senhor do Bonfim resgatar a sua mãe, vamos pegar um helicóptero.
Arlete (Chora) – Muito obrigada Felipe, é muito saber que tem alguém que me ama e que está sempre disposto a me ajudar.
Felipe – Eu te amo e vou sempre está aqui para te proteger e te ajudar. – Felipe abraça Arlete.
Cena 7. Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Diego / Quartinho dos Fundos / Tarde.
Diego volta a prender Carol no quartinho dos fundos.
Carol – Me Solta! Me solta! – diz Carol enquanto é arrastada com força por Diego para dentro do quartinho.
Diego – Você vai voltar a ficar presa aqui dentro para aprender a não me trair.
Carol – O que você está fazendo comigo está com os dias contados, a minha filha vai me ajudar e você vai para cadeia, seu maldito.
Diego – Isso é o que você pensa, eu já resolvi tudo e hoje a noite nos vamos parti para bem longe daqui, assim a sua filha não vai te encontrar nunca mais.
Carol – Eu não vou a lugar nenhum.
Diego (Grita) – Você vai para onde eu quiser. – Diego dar um tapa na cara de Carol.
Carol (Chora) – Monstro! Monstro!
Cena 8. Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura / Sala de Victor / Dia.
Milena entra na sala de Victor aproveitando que não tem ninguém e coloca um gravador escondido atrás de um dos objetos da prateleira do armário do escritório.
Milena (Sorrir) – Prontinho, com esse gravador vamos saber tudo que se conversa nessa sala.
Cena 9. Ilha de Itaparica / Matagal / Tarde.
Maitê está muito mal e Joseph fica desesperado sem saber o que fazer.
Joseph (Desesperado) – Você está queimando de febre! – diz Joseph tocando na testa de Maitê.
Maitê – Estou com dores no peito e sinto falta de ar. – diz Maitê que está deitada na barraca toda coberta.
Joseph – Toma o meu cobertor, você deve estar morrendo de frio. – Joseph coloca seu cobertor por cima de Maitê.
Maitê – Obrigada.
Joseph – Precisamos chamar um médico Maitê.
Maitê – Se nos acharem vão nos separar para sempre Joseph e eu não quero ficar longe de você.
Joseph – Eu também não quero, mas você está doente, pode acontecer alguma coisa ruim.
Maitê – Não vai acontecer nada, tudo que eu estou sentindo vai passar.
Joseph – Promete que vai passar?
Maitê – Prometo.
Joseph se deita ao lado de Maitê e a abraça para mantê-la aquecida.
Cena 10. Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura / Sala de Victor / Tarde.
Alex deixa Victor atualizado das informações do escritório.
Alex – Como foram as coisas em Salvador?
Victor – Por lá anda tudo muito bem, eu trouxe os projetos e já quero começar a trabalhar essa semana, temos que marcar uma reunião com a equipe.
Alex – Tem esses contratos de um dos fornecedores para serem assinados. – diz Alex colocando os contratos na mesa.
Alex – Houve um aumento significativo nos preços, mas nada exorbitante.
Victor – Eu já esperava esses aumentos, vou assinar logo e já te entrego.
Alex – A folha de pagamento e os outros gastos devem sair amanhã, alias a Milena está fazendo um ótimo trabalho por aqui.
Victor – Como profissional ela é excelente mas como pessoa não posso dizer o mesmo. – diz Alex enquanto assina os contratos.
Alex – E a Maria Clara como está?
Victor – Bem, ela está ajudando a mãe a se recuperar do terrível acidente e tentando impedir que o Felipe se separe da Soraya.
Alex – Imagino o clima que deve está naquela casa.
Victor – E as coisas ainda vão piorar.
Alex – Piorar? Como assim?
Victor – Foi maneira de falar, nada demais. – diz Victor entregando os contratos a Alex.
Alex – Vou entregar esses contratos para Milena. – Alex sai da sala.
Victor – As coisas naquele casa vão piorar ainda mais, eu só vou sossegar quando eu destruir a vida do Felipe Lontra, ele vai pagar por tudo que ele a minha mãe no passado.
Cena 11. Rio de Janeiro / Barra da Tijuca / Mansão de Caíque / Quarto de Caíque / Tarde.
Caíque ouve tudo que foi dito na sala de Victor.
“Gravação – As coisas naquele casa vão piorar ainda mais, eu só vou sossegar quando eu destruir a vida do Felipe Lontra, ele vai pagar por tudo que ele a minha mãe no passado.”
Caíque – Então o Victor quer destruir a vida do sogro.
Caíque – Mas não entendo o motivo, ele diz que é por causa da mãe dele? Como assim?
Caíque – Ah, mas eu vou descobrir o porquê ele quer acabar com o Felipe, e quem vai me contar é ele mesmo.
Caíque – Vou usar essa gravação para chantagear meu irmãozinho. – Caíque sorrir.
Cena 12. Salvador / Heliporto / Fim de Tarde.
Arlete e Felipe embarcam no helicóptero para Senhor do Bonfim.
Felipe – Em alguns minutos o Helicóptero vai chegar e no máximo em 1h já estaremos lá.
Arlete – Não vejo a hora de estar junto a minha mãe de novo.
Felipe – Não se preocupe nós iremos resgatar a sua mãe, já acionei a polícia até chegarmos lá um juiz já vai ter expedido um mandato para invadirmos a residência.
O barulho do Helicóptero é ouvido e o vento típico do helicóptero faz com que Arlete e Felipe protejam os olhos com as mãos. O Helicóptero pousa e os dois embarcam. O helicóptero levanta voo novamente e vai para Senhor do Bonfim.
Cena 13. Salvador / Hospital Geral / Sala de conversas / Tarde.
O médico fala com Otávio sobre o estado de saúde de Lorena.
Médico – O senhor é parente da paciente?
Otávio – Não, somos só vizinhos e estamos unidos para procurar nossos filhos que fugiram juntos, ela passou mal na delegacia e eu a trouxe para cá.
Médico – Realizamos os exames para saber o que motivou o desmaio e não trago uma boa notícia.
Otávio – É algo grave doutor? A última vez que eu ouvir isso, a minha filha havia contraído a AIDS devido a uma transfusão de sangue.
Médico – Ela tem um tumor cerebral em estado avançado e ele é inoperável, ela tem só tem alguns meses de vida.
Otávio – Meu Deus, que coisa horrível.
Médico – Não a nada que possamos fazer, irei falar com a paciente e neste momento ela precisa de alguém ao lado dela.
Otávio – Tenho certeza que sou a última pessoa do mundo que ela quer ver quando descobrir que está doente, mas eu estarei lá para apoia-la.
Cena 14. Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Diego / Sala de Estar / Noite.
A polícia chega na casa de Diego.
Diego – Quem é? – diz Diego após ouvir alguém bater na porta.
Policial – É a polícia temos um mandato de busca aqui na sua casa, abra! – diz o Policial do outro lado da porta.
Diego (Assustado) – Polícia? – Diego corre para seu quarto.
Congelamento em Diego correndo.
Fim do capítulo.
Comments