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A Rosa & o Beija-Flor | Capítulo 06

  • Foto do escritor: Estúdio Webs
    Estúdio Webs
  • 6 de jan. de 2023
  • 7 min de leitura

Atualizado: 29 de out. de 2023


De Ronald Onhas


“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.

Jéssica: O que significa isso?

Victor: Não foi nada!

Flora e Victor se afastam.

Jéssica: Quando me avisaram que você estava na empresa, eu nem acreditei. Imaginei que estaria aqui, mas não pensava que estava acompanhado. Alguém te avisou que esse local é proibido, queridinha?

Olha para Flora, com desdenho.

Flora: Não, foi apenas uma coincidência. Eu estou apenas conhecendo o local. Sou a nova botânica da empresa.

Jéssica: Não importa! Esse local é de família. Não quero você por aqui…

Fuzila Flor com o olhar.

Victor: Jéssica, bem menos. Esse local faz parte da empresa, e eu quero que a moça venha sempre no aviário. Afinal, ainda não nós conhecemos, qual seu nome?

Pedro entra no aviário, rodeado de aves e flores coloridas.

Pedro: Flora? (avista Victor e Jéssica) Doutor Victor, Dona Jéssica, vocês por aqui? Desculpem atrapalhar, não imaginei que …

Victor: Sem desculpas, Pedro. Foi um prazer encontrar Flora aqui. Afinal, nosso último encontro não foi muito legal.

Flora: Será porque não é?

Jéssica: Oi? Como assim, vocês já se conhecem? Victor, me dê uma explicação.

Victor: Jéssica respeite o aviário, não foi nada demais, apenas um encontro.

Pedro: Flora, vamos! Você precisa conhecer o restante da empresa.

Flora sai.

Victor: Vamos sair daqui, Jéssica. Afinal, agora que estou na presidência preciso saber de todos os detalhes.

CENA 02 – EMPRESA / SALA DE PERFUMES / MANHÃ

Pedro orianta Flora por um “tour” na empresa.

Pedro: Então Flora acho que te orientei muito bem. Agora vamos vê como se sai. A paixão pela natureza está nos seus olhos, espero que você traga bons perfumes para a Flor de Beijo.

Flora: Se depender de mim fique tranquilo. Depois de passear naquele aviário, mil combinações vieram a minha cabeça. Estou empolgadíssima.

Pedro: Ah, desculpe me meter, mas preciso lhe dá uma dica de amigo. Fique longe de Doutor Victor, a Dona Jéssica o persegue como gavião. Eu vi o modo que ele olhou para você.

Helena entra na sala e escuta a conversa.

Helena: Uau, a gata já chegou arrasando corações. Vai, menina. Se joga! O Victor é um gato, e todo mundo sabe que ele não da a mínima para a ridícula da Jéssica.

Flora ri.

Pedro: Helena, você não deveria falar essas coisas, sabia? Ah, que conversa é essa que o Doutor Victor é um gatão. Posso saber? E outra coisa você deveria está na lojinha de flores, né?!

Helena beija Pedro.

Helena: Para com esses ciúmes, bobo. Eu te amo!

Se beijam.

Pedro: Acho bom voltarmos a trabalhar.

Queiroz aparece empurrado a cadeira de rodas.

Queiroz: Eu também acho. Ao trabalho, garotada! Helena volte para loja, antes que alguém lhe dê uma punição.

CENA 03 – INTERIOR DO RESTAURANTE / MANHÃ

Kaio tecla no celular enquanto almoça.

Kaio: Cadê esse “experiente bonitão”, que não chega? Da próxima vez eu vou chegar atrasado, eu sempre fico esperando. Será que vou levar outro toco?

Ricardo se aproxima de Kaio.

Ricardo: O que a mariposa saltitante faz almoçando sozinha?

Kaio: Não é da sua conta, príncipe fajuto.

Ricardo: Sou bonitão, aceite que dói menos.

Kaio: Bonitão? Calma aí, Ricardo você é o “experiente bonitão”?

Kaio abraça Ricardo.

Kaio: Eu não acredito. Pode falar!

Ricardo empurra Kaio.

Ricardo: Se você continuar me abraçando, vou te acusar de assédio. E pelo visto, você continua caçando “boy magia” no chat.

Kaio senta.

Kaio: Eu vou morrer sozinho, pelo jeito.

Ricardo senta ao lado de Kaio.

Ricardo: Kaio, você sabe que eu não sou seu fã. Mas, vou te dá um conselho. Você precisa ter calma, na hora certa tudo se ajeita. Falando em hora, eu preciso voltar pro hospital, ainda tenho cirurgia hoje. Ricardo sai.

Kaio: Nossa Senhora dos chats e bates papos, olhe por mim.

CENA 04 – INTERIOR DA LANCHONETE DE BARTIRA / TARDE

Raoni serve um casal, e volta para o balcão. Madona entra na lanchonete, e fica encarando Raoni, que tenta ignora – lá.

Madona: Raoni, até quando você vai ficar me ignorando?

Raoni: Até o dia que eu morrer.

Madona: Nossa, que exagero!

Raoni: Madona dá um tempo, gata. Eu estou trampando não tá vendo.

Madona entra no balcão.

Madona: Eu só pensei que talvez você precisasse de minha ajuda.

Madona se beija o pescoço de Raoni.

Raoni: Você é não é Deus menina. Se minha mãe pegar você aqui. Eu to frito.

Madona: Esquece aquela velha chata. Vamos relembrar os velhos tempos.

Madona beija Raoni.

Raoni: Assim eu não resisto. Desculpe mamãezita!

Raoni tira o avental e beija Madona loucamente. Bartira presencia a cena, e sorrateiramente, pega um balde de água e joga em Madona e Raoni. Os clientes presenciam a cena. Madona grita.

Raoni: Po, mãe. Essa água tá geladérrima. Podia ter pegado leve.

Bartira: Eu já falei que não quero essa piriguete aqui no meu bar.

Madona: Eu não sou periguete, me respeita. Você acabou com minha escova. Sua naja peçonhenta.

Bartira: Eu deveria afogar a sua cara dentro do balde, quem sabe desse jeito eu limpo essa sua “sem-vergonhice” estampada na cara.

Bartira pega a vassoura. Rudá entra na lanchonete.

Rudá: O que está acontecendo aqui? Se bobear, lá do hospital dá para escutar essa gritaria.

Madona: (Madona corre para abraçar Bartira) Essa louca da sua mãe que acabou com minha escova.

Raoni: (também vai até Rudá e o abraça) Ela ta mega bolada, tipo megazord do Power Ranger. Irmão, me ajuda nessa.

Bartira: Que bonito, agora os dois vão se fazer de vítima. Rudá, seu irmão e esse ser de outro mundo estavam numa tremenda agarração, aqui na lanchonete na frente dos clientes.

Rudá: Mãe, os mesmos clientes que estão todos olhando para essa confusão. Chega, Raoni e Madona sobem e vão se secar, afinal não precisamos de ninguém doente. Eu vou esperar você descer, e fico aqui na lanchonete.

Raoni: Irmão sabia que você é o melhor irmão do mundo?

Raoni beija no rosto de Rudá e sobe as escadas, acompanhado de Madona.

Bartira: Filho, você vale ouro, sabia?

Rudá: O que eu não faço por essa família? Mas, a senhora também tem culpa no cartório.

Bartira: Foi apenas instinto de mãe. Não me culpe. (beija o rosto de Rudá). Ah, você ir descansar afinal acabou de virar um turno. Deixa que eu que comando tudo por aqui.



CENA 05 – CENTRO / TARDE

As pessoas andam pela rua. Sérgio pilota sua moto e estaciona no centro, em frente a lanchonete de Bartira.

Sérgio: Então é aqui que a Dona Flora se esconde. Uma cidadezinha distante, onde ninguém a conhece. Onde ninguém iria contar pro Sérgio que a sua florzinha tá escondida. Mas, quebrou a cara. Parece que eu vou gostar desse lugar “Campo de Tulipas”, esse nome me inspira

Sérgio coloca o capacete na cabeça.

Sérgio: Creio que não será tão difícil achar minha querida namorada.

CENA 06 – INTERIOR DA EMPRESA / TARDE

Jéssica fica olhando algumas fotos do evento no tablet. E se depara com a foto de Flora alimentando o avestruz. Jéssica lembra que presenciou Flora e Victor próximos no aviário.

Jéssica: Essa garota está aparecendo de mais na minha vida. ( Jéssica tecla no computador) Então “Flora” é botânica, formado a pouco tempo, inclusive bem longe daqui.

Jéssica telefona para Ruth.

Jéssica: Ruth, por favor, venha a minha sala.

Ruth entra.

Ruth: Dona Jéssica, algum problema?

Jéssica: Todos os problemas. Olha isso/

Jéssica mostra para Ruth a ficha de Flora.

Ruth: O que tem demais? É só a ficha de uma funcionaria.

Jéssica: Só uma ficha? O que esse povo do RH pensa? Esse formulário de contratação só tem dados profissionais. Ai que vontade demitir todos aqueles incompetentes.

Ruth: Mas, Dona Jéssica por que a senhora está tão irritada?

Jéssica: Irritada? Quem tá irritada? (Jéssica faz um voz suave). Estou super normal.

Ruth: Não é da minha conta, mas se quiser eu posso descobrir mais detalhes da vida dessa funcionária.

Jéssica: Ótima ideia, Ruth. Descubra tudo da vida dessa garota. Estou pensando até em aumentar seu salário. Nossa, eu não tinha reparado nessa sua pele, que suave.

Ruth: Obrigado, Dona Jéssica. Até mais!

Ruth sai.

Jéssica: Tenho certeza que ela tem algum podre. Todo mundo de podre, qual será o dela? Será que ela é pobre? Ou será que o cabelo dela é aplique? É melhor eu focar nessas planinhas, e continuar meu trabalho.

CENA 07 – INTERIOR DA DELEGACIA / TARDE

Milena sai da sala do Delegado Vicente e se depara com Iuri.

Milena: Oi bonitão!

Iuri: Boa tarde, senhorita!

Milena: Sabe, eu ainda não tive a chance de lhe agradecer por ter sido gentil no meio daquela tragédia.

Iuri: Eu só fiz meu trabalho, senhorita!

Milena: Pare com essa merda de senhorita. Anda, me chama para sair, tomar uma cerveja, estou topando até um cinema.

Iuri: A senhorita costuma ser tão atirada?

Milena: Eu atirada? Eu apenas sei o que quero. Quer saber, esquece! Já imaginava que você tinha uma pistola no lugar do coração. Grosso!

Iuri olha dentro dos olhos de Milena. Julia se aproxima dos dois.

Julia: O que está acontecendo aqui, Iuri?

Iuri fica sem fala.

Milena: Só estou agradecendo ao policial pela gentileza na qual ele me tratou. Algum problema?

Julia: Nenhum problema. Só queria lembrar ao policial Iuri que estamos dentro de uma de-le-ga-cia (adverte Julia). Com licença.

Julia sai de perto deles.

Milena: Qual o problema dela? Acho que ela tem algum recalque comigo, será que ela quer ser entrevistada para o meu blog?

Iuri: Não viaja, senhorita.

Milena: Chega com esse papo. Obrigado mais uma vez.

Milena sai da delegacia.

CENA 08 – FRENTE DA DELEGACIA / CARRO / TARDE

Milena entra no carro.

Nicolas: Eaí?! Marcou o encontro com o policia?

Milena: Deu ruim. O Iuri é muito certinho, e ainda por cima me chamou de “atirada”. Nicolas, me responde, você me acha “atirada”?

Nicolas: Depende, as vezes quando você bebe, você fica …

Milena: Ah, Nicolas por favor. Eu preciso namorar com esse policias, só assim vamos saber de todas as notícias super atualizadas.

Nicolas: Milena, acho super arriscado, você focar em noticias policias sendo que sua temática é o mundo das celebridades.

Milena: Nicolas, sem preconceito, por favor. Notícia de morte, tiro, assassinato rende visualização, e visualização e visualização rende o que?

Nicolas: Dinheiro!

Milena: Isso que precisamos patrocínio, grana, maney, bufunfa! Agora vamos embora que preciso postar algumas matérias no blog.

CENA 09 – INTERIOR DA MANSÃO CASTRO / TARDE

Eva brinca com o avestruz no jardim, sob os olhares de Afrânio.

Eva: O Pateta precisa de companhia acho que ele está se sentindo muito solitário. O que acha Afrânio?

Afrânio: Também acho, Dona Eva. Mas, o que a senhora pensa em comprar?

Eva: Queria um animal de estimação diferente. Quando Vitória e Daniel eram crianças, o sonho deles era ter uma girafa. Pronto, uma girafa. O que achou da ideia Afrânio?

Afrânio: Vindo da senhora não tinha como ser mais exótica.

Socorro se aproxima dos dois.

Socorro: Dona Eva está na hora de tomar seus remédios.

Eva: Socorro, eu estou me sentindo tão bem. Não preciso deles.

Afrânio: Socorro ,acho que ela está bem melhor. Talvez é culpa dessas drogas.

Eva: É o remédio que faz com que ela fique lúcida. Eva, por favor, vamos entrar e tomar seus remédios.

CENA 10 – FRENTE APTO. FLORA / TARDE

Flora desce do ônibus da empresa e acena para Helena e Pedro, que seguem dentro do ônibus.

Flora: Nada melhor que um belo primeiro dia de trabalho.

Flora pega a chave no bolso, mas alguém a surpreende tapando sua boca por detrás.

Flora: Me solta!

Tenta se debater.

Fim do capítulo.

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