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A Rosa & o Beija-Flor | Capítulo 17


De Ronald Onhas


Ú L T I M A S S E M A N A S


“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.


Eva se desespera e desmaia.

Alice: Meu Deus, alguém ajuda aqui em cima.

Rodolfo e Lucas saem do quarto.

Rodolfo: O que está acontecendo? Por que esse policias?

Socorro sobe as escadas, para ajudar Eva que está desmaiada.

Socorro: Minha nossa Senhora, ajudai Dona Eva.

Iuri e Vicente tentam reanimar Eva, que está desmaiada. Victor entra na mansão e vê Eva sendo amparada por todos.

Victor: Vó?

Victor se desespera ao vê Eva no chão.

Victor: Vó, fala comigo. Eu não posso lhe perder.

Victor chora.

Vicente: Vamos levá-la para o hospital.

Lucas: Deixa que eu ajudo.

Lucas, Victor e Iuri carregaram Eva no colo, enquanto Socorro rezava, Alice Brasil e Rodolfo acompanhavam assustados.

CENA 02 – EXTERNO/ MIRANTE / MANHÃ

Flora acorda, sonolentamente, enquanto Rudá dorme no banco do motorista.

Flora: Rudá. Rudá.

Flora tenta acordar Rudá.

Flora: Rudá você não me acordou. Eu preciso ir pro meu emprego.

Rudá acorda.

Rudá: Oi? Eu to sonhando?

Flora: Acorda, garoto. Anda, eu preciso ir.

Rudá: Calma, moça. Você não parece uma botânica. Vamos apreciar a natureza.

Flora: Eu vou apreciar a minha mão na sua cara, sabia?

Rudá: Calma, calma. Eu preciso descansar, por acaso você que vim de dois plantões de 12 horas. Estou exasuto.

Flora: Você sabia que seu eu não for para casa agora eu posso ser demitida.

Rudá: Mas, você namora com o dono …

Flora: Não, namoro mais. E mesmo se namorasse…Vamos!

Rudá liga o carro e sai.

CENA 03 – INTERNO/ EMPRESA / MANHÃ

Betina sentada e Dionísio em pé, bebendo um café, admirando-a.

Betina: Ah, Dionísio, essa viagem do Kaio está me deixando tão atarefada.Estou ficando louca!

Dionísio: Mas, isso é um bom sinal!

Dionísio senta ao lado de Betina.

Betina: Bom? Estou tão cansada.

Betina finge dormir em cima da mesa.

Dionísio: Significa que ele confia em você. E você tem que se achar agora, porque a gente conhece o Kaio. Ele desconfia até da própria sombra.

Betina: Verdade. E você, Dionísio? Muito atarefado? Jéssica está lhe dando muito serviço extra. Porque aquela lá adora fazer a gente de escravo. Eu já fui estagiária dela, e sei bem como é.

Dionísio: Um pouco.

Betina: Ah, Dionísio, nem te contei a novidade! O Lucas Alberto, fotografo das estrelas está na cidade. Acredita?

Dionísio: E daí?

Betina: E daí?

Betina fica furiosa com o “pouco caso” de Dionísio.

Betina: Dionísio, o cara é o top das estrelas. Sucesso internacional, querido. Estou doido para conseguir uma entrevista com ele para o site da empresa. Quem sabe ele não faça álbum fotográfico comigo. Pode falar eu até sirvo para ser a nova Gisele.

Dionísio se mostra com ciúmes.

Dionísio: Toma cuidado! Esse cara não deve ter boas intenções. Daqui a pouco você tá tirando foto de biquíni e sem saber ele tá vendendo essas fotos por aí. Quer dizer para o mundo todo.

Betina: Cruzes, Dionísio. Está parecendo que você quem quer ver essas fotos minhas.

Dionísio: Eu tenho respeito por você, Betina, diferente desse fotógrafo.

Betina: Você nem conhece ele.

Dionísio: Muito menos você.

Betina: Não precisa se preocupar.

Dionísio: Ah, sei. Vou voltar pro meu trabalho. Até mais. Só acho uma roubada você correr atrás dele.

Betina: Até!

Dionísio sai da sala.

Betina fica admirando as fotos de Lucas Alberto na tela do computador.

CENA 04 – INTERNO/ FLORICULTURA / MANHÃ

Helena: Oi, Dionísio. Quer alguma coisa?

Dionísio: Mais ou menos. Quero conselhos seus.

Helena: Eu tenho cara de psicóloga agora?

Dionísio: Não, mas tem cara de conselheira amorosa.

Helena: Eu? Conselheira? Tudo bem que assisti aquele filme “Hicth, conselheiro amoroso” um zilhão de vezes…

Dionísio: Me escuta, Helena.

Helena: Ah, lá vem…

Dionísio: Enfim, eu quero saber como conquistar a Betina.

Helena: Bem, essa tarefa não é tão fácil, nem tão difícil. Não é tão difícil, porque ela se encanta facilmente com as coisas, mas não é tão fácil porque ela não está disposta a entrar num relacionamento sério.

Dionísio: Estou pronto para me declarar para ela. Mas, como eu posso conquistar ela?

Helena: Já que você veio aqui na floricultura, não custa nada levar umas flores pra ela. Outra coisa: ela adora jantares românticos. Por que você não leva ela em um restaurante bem romântico? Ela adora aquele japonês perto da empresa. Dionísio, usa essa sua cabeça para algo que não tenha a ver com tecnologia.

Dionísio: Sério? Eu detesto comida japonesa.

Helena: Ah, Dionísio, faz um esforço né?

Helena o encara seriamente.

Dionísio: Vou fazer. Por ela, iria até em restaurante de canibais.

Helena: Meu pai amado…

Helena ri.

Dionísio: Muito obrigado, Helena. Tô te devendo essa.

Helena: De nada. Vou me lembrar disso.

Dionísio: Pode cobrar. Então vou indo…

Helena: Não vai levar as flores não?

Dionísio: Ih, é. Já tava esquecendo.

Helena: Leva essas rosas. São por minha conta.

Helena entrega as rosas a Dionísio.

Dionísio: Valeu, Helena. Você pode me ajudar a ensaiar então?

Helena: Ensaiar sua declaração?

Dionísio: Sim.

Helena: Tá bom. Então vamos aqui pro canto! Para não sermos flagrados por nenhum chefe de mau humor.

Helena e Dionísio vão para um canto mais reservado.

CENA 05 – INTERNO/ HOSPITAL/ MANHÃ

Ricardo entra no corredor e avista Victor.

Ricardo: Meu amigo. Eu vou cuidar de tudo, tá. Pode deixar a vó vai ficar bem.

Ricardo abraça Victor, que cai em lágrimas.

Victor: Muito obrigado, meu amigo.

Ricardo entra no quarto de Eva.

Jéssica chega e vê Victor chorando.

Jéssica abraça Victor.

Victor: Se minha vó morrer, eu não sei o que será da minha vida.

Jéssica: Calma meu amor. Vai ficar tudo bem. Eu já providenciei tudo para o velório e o enterro do caseiro.

Victor: Eu não consigo acreditar. O Afrânio trabalhava a tanto tempo para gente. Ele tinha boca, mas não falava. Quem poderia fazer algo com ele?

Jéssica: A polícia vai cuidar de tudo, Victor.

Victor: A polícia? A mesma que descobriu quem matou o meu tio?! A polícia não serve para nada. Eu preciso fazer justiça com as próprias mãos.

Jéssica: Se acalme Victor.

Jéssica abraça novamente Victor.

CENA 06 – EXTERNO/ CEMITÉRIO/ MANHÃ

Algumas pessoas carregam o caixão de Afrânio. Socorro fica, aparentemente, abalada, ao lado de Alice Brasil e Victor que choram. Jéssica acompanha de longe, ao lado de Ricardo, mas discretamente. Victor fica aos prantos, quando, de repente, Kaio aparece ao lado do empresário.

Victor dá um longo abraço em Kaio, que também se mostra profundamente abalado. Bartira e Raoni também observam de longe.

O caixão de Afrânio vai sendo enterrado, e as pessoas vão jogando, aos poucos, as flores.

CENA 07 – INTERNO/ EMPRESA/ TARDE

Flora entra na sala de Victor.

Flora: Posso entrar?

Flora repara nos olhos inchados de Victor.

Victor: Claro, que pode.

Flora: Eu vim saber como você tá. Eu nem imaginei que você viria para a empresa hoje, mas aí me disseram que você estava na sua sala, resolvi vir …

Victor: Obrigado.

Flora: Posso lhe dá um abraço?

Victor assente com a cabela.

Flora tenta largar, mas Victor prolonga o abraço.

Victor olha dentro dos olhos de Flora.

Victor: Você jura que não quer mais nada comigo?

Flora: Victor, você precisa resolver sua vida.

Victor: Mas, a minha vida não tem graça sem você.

Flora: Victor, a gente precisa terminar. Vai ser melhor assim.

Victor: Melhor? Para quem?

Flora: Você cuida daquela criança, do seu filho.

Victor: E se não for meu filho?

Flora: E se for?

Victor fica desestabilizado.

Flora: Victor aproveite esse momento. Vai cuidar de você, da sua vó, faça uma viagem com ela. Ela vai precisar. Esse clima que ficou instaurado na casa de vocês é muito pesado.

Victor: Flora, fala a verdade: você não me ama mais é isso?

Flora: Victor não tem nada a ver com isso. Eu ainda tem amo, mas …

Victor: Eu não consigo te entender. É tão fácil, se a gente se ama, e só ficar junto.

Flora: Não é tão simples assim.

Victor: Flora, você é minha flor, lembra? Eu sou seu beija-flor!

Flora: Não posso. O nosso perfume não é mais o mesmo. Já disse você precisa resolver sua vida. E eu só quero sua felicidade.

Ruth bate na porta.

Ruth: Com licença, Dona Flora o senhor Pedro está lhe chamando lá no aviário.

Ruth sai.

Flora: Eu preciso ir. Me perdoa!

Victor: Por favor, Flora!

Flora: Victor, fique bem!

Victor: Flora, eu te amo!

Flora sai da sala.

Victor: Nãoooooooooooooooo!

Fim do capítulo.

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