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Anjo Bom | Capítulo 20


Web Novela de Everton B Dutra


Ú L T I M A S S E M A N A S


“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.


01 INT. HOTEL LUFÊ-DIA.

Laís e Ricardo se encontram encurralados. Todos os encaram.

JULIANO(Ódio) — Devolve meu filho!

LEANDRA — Entrega ele pra mim, onde é que tá ele?!

Ricardo olha para os lados. Rapidamente, agarra a mala de dinheiro que estava sobre a mesa e sai correndo. Tiros.

LAÍS — Ricardo!

Laís pensa rápido e também sai correndo.

AVA — Ela vai fugir!

MEL — Não, não vai, não!

Mel corre atrás dela. Todos se separam em busca de Toni. Muita ação.

02 EXT. HOTEL LUFÊ – DIA.

Laís acaba de sair pelos fundos do hotel e se dirige rapidamente ao carro. Pega uma pedra e taca no vidro dele, que se quebra. Ela abre a porta e faz uma ligação direta.

Nesse momento, Mel também sai e a vê.

MEL — Laís! Você não vai conseguir fugir! A casa caiu pra você. Chega!

LAÍS — Vai pro inferno!

Laís arranca com o carro e Mel rapidamente dá a mão a um táxi. Ela adentra.

Passa a persegui-la em alta velocidade, queimando pneus.

03 INT. HOTEL LUFÊ-DIA.

Já dentro do hotel, todos correm pelos corredores à procura de Toni.

LEANDRA — Eu preciso achar o meu filho.

MIGUEL — A gente vai conseguir encontrar ele!

LEANDRA — Onde?!

Miguel pensa e depois sai correndo.




04 EXT. HOTEL LUFÊ – DIA.

No térreo, onde todos os carros se encontram, está Ricardo, agachado entre um deles. Juliano chega correndo e para, estudando todas as fileiras de automóveis.

JULIANO — Eu sei que você está aí! Não importa o quanto tente se esconder. Eu te pego.

Juliano passa a andar nas fileiras e na mesma medida, Ricardo, agachado, também tenta se distanciar dele, atravessando com cautela cada fileira.

FOC. Ele nota que pode correr, porque Juliano não estava naquela fileira para impedir sua passagem.

Ele respira e sai correndo, mas é derrubado por um chute que recebeu nas costas de Juliano.

JULIANO — Eu não disse que te pegava?

Juliano o encara. Ricardo também. Tensão.

05 INT. HOTEL LUFÊ – DIA.

INSTRUMENTAL: Purgação — Alexandre de Faria.

No shopping, situado no hotel, Ava e Moisés correm atrás de Andréa.

MOISÉS — Corre mais rápido.

Ela vai fugir!

AVA — Fácil falar isso quando você não tem que perseguir uma pessoa com um Scarpin no pé.

Eles saem empurrando as pessoas. Andréa está um pouco distante.

MOISÉS — Saiam da frente!

AVA — Andem!

Andréa adentra numa das lojas. Moisés e Ava se perdem.

MOISÉS — Droga! E agora?!

AVA — Vamos nos separar e procurar.

Os dois seguem caminhos diferentes. Ava adentra na mesma loja que Andréa e diminui o passo. Não demora muito para ela conseguir avistar Andréa. Ava olha para os lados, confusa. Olha para baixo.

AVA — Droga!

Retira seu salto e o beija. Hesitante, ela joga com força o salto em Andréa.

AVA— Ei? Eu ainda tô aqui, vadia!

E Ava parte pra cima dela, derrubando-a no chão.

= = CORTE DESCONTÍNUO = =

Juliano soca o rosto de Ricardo e o joga contra um dos carros.

JULIANO — Desgraçado!

Ele soca outra vez, seguido de vários outras. Até que Ricardo saca uma arma e aponta.

RICARDO — Um passo à mais e eu te mato

JULIANO — Só me diz onde está o Toni, por favor…

Ricardo ri, obsessivo. Ele caminha, ainda com a arma apontada. Adentra dentro do carro e parte.

JULIANO(Grita) — Droga!

= = CORTE DESCONTÍNUO = =

E Ava desce um tapa na cara de Andréa.

AVA — Vai!

Outro.

AVA — Fala!

Andréa, imobilizada no chão, pede por socorro.

ANDRÉA — Socorro! Maluca!

Ava lhe dá outro tapa.

AVA — Fala do bebê!

ANDRÉA — Não falo!

Ava, novamente, lhe desce outro tapa.

AVA — Fala!

ANDRÉA — Não!

Ava ergue o salto para cima com intuito de tacar nela.

ANDRÉA(desesperada) — Tá, eu falo! Eu falo!

AVA — Onde?!

ANDRÉA — Com o casal. Eu entreguei à eles.

Ava sai de cima dela, ajeita o cabelo e põe o salto de volta.

AVA — Você fica aí!

Ava pega o celular.

AVA — Alô?!

06 INT. AEROPORTO DO RIO – DIA.

Maurício e Jade saem empurrando as pessoas para que abram caminho.

JADE — Precisamos achar essa mulher! Ava disse que ela estaria com um casaco de pele branco.

MAURÍCIO — Achei!

Maurício aponta e eles correm até um casal que estavam próximos.

JADE — Cadê?

MAURÍCIO — Devolvam o bebê!

A mulher mostra o rosto, que estava em prantos e o homem com um semblante preocupado.

07 EXT. AEROPORTO, PISTA DE VÔO-DIA.

Vem Ricardo, com Toni nos braços. Sorri, maléfico. Segura também a maleta com o dinheiro. Um piloto estava à sua espera.

RICARDO —Tudo pronto?

De costas, o piloto acente.

PILOTO — Sim, senhor. Partiremos agora mesmo.

RICARDO — É, bebê… Acho que você vai ter que me dar mais dinheiro.

Ricardo sorri e sobe no helicóptero. A porta se fecha.

08 EXT. ESTRADA DE TERRA – DIA.

Mel ainda persegue Laís. Uma busca implacável. A poeira fica na estrada. Os pneus queimam.

MOTORISTA — O que está acontecendo, moça?

MEL — Só continua seguindo. Por favor.

MOTORISTA — Meu jesusinho!

As duas chegam num penhasco e Laís nota que seu carro não tem mais gasolina.

LAÍS — Droga, Droga!

Ela sai do carro e tenta correr, mas é cercada por Mel.

MEL — Daqui você não sai!

LAÍS — Quero ver quem vai me impedir!

Laís avança em Mel, que lhe desce um tapa forte no rosto, seguido de mais três. Laís grita e se encosta num pedregulho. O vento sopra forte.

MEL — Sempre fez de tudo para acabar comigo, Laís. Sempre fez questão de me pisar, o tempo todo, todos os dias, mas agora não, eu atrapalhei seus planos. Como você se sente agora? Depois de tudo e você termina sem nada.

LAÍS — Vai se arrepender por isso, maldita!

Mel lhe dá outro tapa e agarra em seus cabelos.

MEL(raiva) — Maldita?

Você não viu a maldita ainda.

LAÍS — Me solta!

MEL — Como você teve coragem de sequestrar um bebê para vendê-lo, han?

Mel aperta o cabelo ainda mais. Laís grita.

LAÍS — Aquele bebê iria mudar a minha vida. Eu iria sair desse país de merda. Eu ia ser feliz, eu ia… (RI) E você ia ficar aqui, sendo a mal amada que sempre foi, fracassada! Ridícula!

MEL — A gente vai ver qual é mais fracassada! Você atrás das grades ou eu, livre, vivendo a minha vida feliz e bem longe do embuste que você sempre foi!

Laís dá uma cotovelada em Mel e se livra dela, avançando e derrubando-a no chão. Arranha seu rosto. Mel grita e é arrasta para a ponto do penhasco. Ela se desespera.

LAÍS — Quer saber? Esse foi o fim que eu sempre sonhei pra você. A morte (RI) vai morrer.

Mel dá uma cabeçada em Laís e fica por cima dela.

MEL(Ódio) — Não antes de descontar tudo que você me fez!

Ela dá com força um tapa em Laís.

MEL — Invejosa!

Outro.

MEL — Cobra!

Outro.

MEL — Destruiu todos os meus sonhos. Foi por sua causa que eu me tornei isso aqui!

Outro.

LAÍS — Me solta!

MEL — Vadia!

Mel lhe dá outro tapa e vários outros. Laís grita de dor e pede socorro. Mel continua a dar tapas.

MEL — Você merece Laís! Merece bem mais do que isso.

Mel dá outro, e outro. Seguido por volta de mais uns 20 tapas. Cansada, ela para e chora, desesperada. Laís está com o rosto todo machucado e sangrando.

MEL(Chora) — Eu sempre quis brincar com você, Laís. Eu sempre te vi como a minha irmãzinha, sempre. Você sempre me odiou, sempre me xingava. Você ajudava as outras pessoas a tirarem sarro de mim. Nem se quer me defendia, mas eu gostava de você, eu queria a sua atenção. Você foi me ferindo aos poucos e quando eu notei, eu já tinha um buraco enorme aqui dentro de mim e isso não cicatrizou, não parou de sangrar. Eu poderia fazer tudo por você, mas…

Mel para e chora. Laís aproveita o momento frágil e chuta Mel, levantando-se e agarrando uma pedra grande e pontiaguda. Ela ergue com intuito de meter em Mel.

LAÍS — Eu nunca gostei de você, nunca gostei de ninguém! Eu odeio essa ideia de país em desenvolvimento, essa gente pobre e mal vestida. Odeio esse jeito mocinha de novela, eu não gosto dessa família xexelenta. Eu sempre tive vergonha de você, mas isso vai acabar. Hoje, irmãzinha!

Laís ia meter a pedra em Laís, quando um urubu avança nela, desgovernado e arranha seus olhos. Laís grita e cambaleia para trás, como consequência acaba caindo do penhasco.

Mel grita e olha seu corpo despencando até se esparramar no chão, de uma altura gigantesca. Mel chora.

09 EXT. RUA – DIA.

Todos se movimentam para seguir Ricardo. Miguel, Juliano, Maurício e Jade estão num carro só. Juliano se espreguiça na janela e vê o helicóptero de Ricardo no céu.

JULIANO — Ele está com o Toni!

Miguel para o carro por haver um congestionamento.

MIGUEL — Não dá pra seguir!

JADE — Ele vai fugir!

JULIANO — Não, não, não!

Juliano desce do carro, quase é atropelado, mas segue em direção à praia, para ter uma visão melhor do helicóptero. Ele grita alto e desesperado.

JULIANO — Toni!

Ricardo aparece na porta do helicóptero e sorri para Juliano em baixo.

10 INT. JATINHO – DIA.

SONOPLASTIA: No Pregunto CuántosSon — Bajofondo.

FOCO.

Ele olha em volta do Rio e dá uma banana para o pão de açúcar. Sorri cinicamente. Segue para dentro e vai até a cabine do piloto. VAZIA.

Foco no rosto de choque de Ricardo.

Se desespera ao ver o jatinho sem volante. MOVIMENTO. SEGUE até a cadeira que Toni estava. Também havia sumido.

RICARDO — Não! Não, não, não!

Ricardo olha pela do avião. O jatinho vai de encontro ao pão de açúcar.

RICARDO(Grita) — Não!!!!

CAM. PLANO GERAL.

O helicóptero se choca na montanha do pão de açúcar, causando uma explosão imediata. Pedaços do veículo caem e passam em chamas pela CAM.

Imediatamente, uma chuva de dinheiro começa a cair por toda a parte, inclusive na praia. Todos pararam, surpresos.

11 INT. PRAIA – DIA.

Juliano se ajoelha e chora por pensar que Toni estava no helicóptero. Foco, rostos chocados.

JULIANO — Meu filho não!

Leandra também passa mal. A chuva de dinheiro ainda cai. Todos choram desesperados e infelizes.

AVA — Olhem!

Todos olham para cima e veem um homem descer de paraquedas, meio às chamas, a fumaça e a chuva de dinheiro.

Ele aterrissa e logo se nota que carrega uma criança nos braços.

REVELA MOISÉS, tirando o capacete de proteção, com Toni nos braços. Ele era o piloto.

FOCO EM SEU ROSTO, sorrindo.

A CENA CONGELA.

Fim do capítulo.


OBRA REGISTRADA E PROTEGIDA PELA LEI N° 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO, DE 1998. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

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