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Anjo Bom | Capítulo 22 | Última Semana


Web Novela de Everton B Dutra


Ú L T I M A S E M A N A


“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.


01 INT. MANSÃO DELLAFRANCO – NOITE.

Continuação do Capítulo Anterior…

Laura encara todos com altivez. Miguel anda lentamente em sua direção. Jade vem logo atrás.

LAURA — Miguel…

MIGUEL — Laura.

LAURA — Surpreso em me ver? Eu suponho que sim, porque/

JADE (interrompe) — Mãe?

Laura olha por cima do ombro de Miguel e sorri.

LAURA — Jade. Filha! Nossa, como você cresceu. Eu não esperava te encontrar assim.

JADE — Você está viva?!

LAURA (sorri, confusa) — Como sempre estive… Eu não tô entendendo. Miguel…

Laura olha para ele.

LAURA — Não contou pra Jade? O que disse na verdade?!

JADE (chora) — Que você morreu…

LAURA — Não… Não, meu amor. Eu não morri, não.

Laura chega perto de Jade, que se esquiva.

JADE (à Miguel) — Por que mentiu pra mim?! Como teve coragem?

Miguel fecha os olhos, tentando conter as lágrimas.

MIGUEL — Eu só queria te poupar da situação delicada… Além disso, foi você, Laura, que me pediu para dizer isso, se lembra? Você era só uma criança, Jade. Não ia entender se eu te contasse.

JADE — Entender o quê?

LAURA — Filha… Há coisas que precisamos fazer para evitar um dano maior.

Laura encara Miguel. Engole em seco.

LAURA — Eu e seu pai estávamos passando por uma situação insuportável no nosso casamento. A gente… Ele trabalhava muito, eu ficava noites sozinha aqui em casa. Faltavam tantas coisas. Amor…

MIGUEL — Da sua parte! Dá sua!Porque eu sempre te amei e continuei te amando por todo esse tempo!

LAURA — Do que adiantava todo esse amor? Onde ele estava quando eu precisei? Han? Jeito estranho esse de amar, não acha?

MIGUEL — A gente poderia sentar e conversar…

LAURA — Você acha que eu não tentei? Quantas vezes, Miguel? Quantas vezes eu te pedi um minuto e você não tinha?Você só arranjou tempo quando eu/

Laura hesita em dizer.

MIGUEL — Fala! Quando você o quê? Me abandonou e fugiu com outro para outro país?

JADE (chora) — O quê?

LAURA — Você sabe que não foi de uma hora pra outra, você sabe! Eu não estava aguentando mais! Eu sequer respirava direito.

JADE — (revolta) Me abandonou. Você me abandonou!

LAURA — E se eu tivesse ficado? A gente não ia ser feliz. Com certeza a noite ia chegar. Eu ia me sentir farta e a gente ia brigar. Foi justamente pra te poupar que eu decidi ir.

JADE — Eu passei uma vida acreditando que você tinha morrido. Uma vida! Agora você chega aqui do nada… Eu não consigo…

LAURA — Podia ter contado à ela!

MIGUEL — E o que eu ia dizer? “Escuta filha, sua mãe cansou da gente e fugiu com outro?”. Ela só tinha 07 anos.

LAURA — Claro, porque falar que a mãe morreu foi muito saudável para ela. Você agiu egoísta, como sempre fez. Desculpa evitar um futuro infeliz pra nós três.

MIGUEL — Desculpa não ter te dado a vida que você merecia. Desculpa trabalhar tanto tentando fazer isso.

JADE — Você não tinha o direito de esconder isso de mim! Jade grita para Miguel.

JADE — Vocês dois erraram! Os dois!

Jade sobe rapidamente. Todos se chocam. Laura para um pouco e olha para Juliano e Toni.

LAURA — Então é verdade…O que saiu nos jornais? Você se casou com ele?

Juliano e Miguel se entreolham.




02 INT. MANSÃO DE MEL, QUARTO-NOITE.

Em Verônica, no chão, lamentando a perda de Laís. Mel adentra com uma bandeja.

MEL — Eu… Eu trouxe a sua janta. A senhora não comeu o dia todo.

Verônica calada.

MEL — Tá aqui, oh… A senhora não pode se autodestruir dessa maneira, mãe. Reage!

VERÔNICA — Eu quero a minha filha. Traz a Laís de volta!

Verônica entra em desespero e passa a quebrar tudo que vê pela frente. Chama pelo nome de Laís. Mel a agarra. As duas caem no chão.

MEL — Mãe! Olha pra mim! Olha eu aqui. Eu também sou sua filha!

VERÔNICA (chora) — Não! Você não é!

MEL — O que está dizendo?

VERÔNICA — Você nunca foi minha filha de sangue, eu não sou a sua mãe biológica!

Mel começa a chorar. Ela sai de cima de Verônica, sentando-se no chão, em choque. Verônica respira, abalada.

VERÔNICA — Seu pai tinha um caso com outra mulher. Por anos ele me enganou. Essa mulher engravidou de você e morreu no parto. Eu amava tanto, mas tanto seu pai que aceitei cuidar de você. Eu tentei, mas… Quando eu olho pra você, eu vejo ela! É ela que eu vejo! Seu pai nunca esqueceu essa mulher, eu via nos seus olhos. Você foi uma consequência infeliz do destino. Eu que tive que carregar essa fardo nas costas todos esses anos, eu! E agora a minha única filha se foi…

Mel tapa os ouvidos e sai correndo. Verônica se agarra as fotos de Laís.

03 INT. MANSÃO DELLAFRANCO – NOITE.

Miguel se encontra apreensivo no sofá. Laura encara Juliano.

MIGUEL — Eu vou falar com a Jade.

JULIANO — Miguel, acho que ela precisa de um tempo agora. Um tempo só dela.

A campainha toca. Juliano corre e atende.

JULIANO — Leandra? O que faz aqui a essa hora?

Leandra adentra com um homem.

LEANDRA — Eu vim…

E dá de cara com Laura.

LAURA — Leandra?

LEANDRA — Laura? O que faz aqui? Você…

LAURA — Ah, o que é que foi? Também disse pra ela que eu morri?

LEANDRA — Não, eu sei de toda essa história… Mas eu não vim aqui por isso. Eu vim aqui por que venho informar a vocês que vou levar o Toni comigo.

JULIANO — Oi? Desculpa, eu não entendi direito.

LEANDRA — Entendeu muito bem. O filho é meu e eu vou levá-lo comigo.

ADVOGADO — Eu sou o advogado da senhorita Leandra. Aqui está o documento com o pedido de guarda provisória aprovado pelo Juiz.

Miguel se apressa, pega o papel e lê.

ADVOGADO —Como podem ver, aí prova que Leandra não estava em suas faculdades mentais quando abandonou a criança, mas que agora está integralmente apta e cuidar de seu filho.

JULIANO — Como assim, você fez isso tudo escondida?

Leandra se dirige a Toni e o põe no braço.

LEANDRA —Eu vou levar o meu filho comigo. Né, meu amor?

Leandra sorri para Toni. Juliano se desespera e corre, fechando a passagem de Leandra na porta.

JULIANO — Daqui você não passa!

Juliano e Leandra se encaram.

Fim do capítulo.


OBRA REGISTRADA E PROTEGIDA PELA LEI N° 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO, DE 1998. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

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