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ESPECIAL – KAMASUTRA

  • Foto do escritor: Estúdio Webs
    Estúdio Webs
  • 6 de jan. de 2023
  • 6 min de leitura

Atualizado: 29 de out. de 2023



CONHEÇA AGORA CURIOSIDADES SOBRE A WEB SÉRIE DA ESTÚDIOS.WEB.


ELENCO:

MARIA ALICE: Patrícia França EDUARDO: Juan Alba ÂNGELO: Leonardo Vieira BEATRIZ: Christine Fernandes LISA: Lais Pinho ARTHUR: Matheus Costa RAONE: Miguel Coelho FRANK: Odilon Wagner


VISÃO DO AUTOR SOBRE OS PERSONAGENS:


MARIA ALICE: Ela é uma mulher simples, do cotidiano mesmo, que tem um marido, tem uma vida pacata e é até então recatada. Apesar da mesmice no casamento, ela aceita a situação, porém ao conhecer Ângelo, um homem bem-resolvido, um homem que sacode tudo com suas ações, ela acaba cedendo à essa paixão. É uma mulher passional.


EDUARDO: O Edu é um homem incrível. Ele ama a esposa incondicionalmente, mas não percebeu que a relação se desgastou. É um pouco desligado. Ele é adorável, muito amoroso, acho que isso o impede de tomar as rédeas das situações, o que acabou desgastando tudo.


ÂNGELO: É um aventureiro. É um homem que se arrisca muito e está buscando uma nova experiência. Uma experiência mais afetiva, algo que nunca teve com a esposa ninfomaníaca, então pra ele viver um caso extraconjugal é uma aventura a mais na sua vida. O problema é que ele não estava preparado pra se envolver emocionalmente e isso afetará muito sua personalidade.


BEATRIZ: é uma mulher ninfomaníaca. Uma amante do sexo, seja de que forma for, uma mulher sem escrúpulo algum em relação ao prazer. Para os mais conservadores, uma mulher totalmente depravada, inclusive há um choque muito grande entre ela e Maria Alice que é o seu oposto.


ARTHUR: É um jovem que faz sexo por dinheiro. Ele é humilde, uma pessoa boa, mas ao mesmo tempo é um pouco inconsequente. Rebelde!


LISA: É da alta sociedade, já teve caso com homens mais velhos e ricos, mas é totalmente preconceituosa. É a rica mimada de todos os folhetins, mas há uma ressalva ela viveu um pesadelo horrível com a morte do pai.


COMO SURGIU A IDÉIA DA TRAMA? Eu vi uma crítica da Érika Gouveia sobre autores que colocam inúmeras cenas de sexo explícito nas suas tramas e sem contexto, então eu me propus a escrever uma trama em que o sexo fizesse parte do contexto, que influenciasse nos rumos da história e assim surgiu Kamasutra.


COMO É ESCREVER UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA? Eu sempre escrevi tragédias, né? Só mudo a ambientação. A Cesareia é uma tragédia grega, PSI é uma tragédia contemporânea, mas acho que nenhuma é tão identificável quanto essa, porque a tragédia acontece através do amor e quem nunca sofreu por amor? Então meio que o leitor se identificará bastante com aquele contexto.


O TÍTULO É BASTANTE SUGESTIVO, MAS A CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA É PARA 14 ANOS. POR QUÊ? Quando eu apresentei a sinopse para o Kax silva, ele falou comigo: – Adorei! Essa será a Verdades Secretas do MV. E eu achei piada, mas não disse nada. A intenção era exatamente essa, eu queria que as pessoas pensassem que eu escreveria uma pornografia e se surpreendessem com o que lesse. Kamasutra não é explícito, não tem cenas de sexo, o sexo faz parte do contexto, o sexo é uma parte importante, mas não necessariamente irei pôr cenas quentes para que os leitores compreendam a intenção da obra. Isso foi primordial na construção da trama.


VOCÊ COSTUMA MATAR SEUS PROTAGONISTAS SEM PUDOR ALGUM. O QUE TE INSPIRA À FAZER ISSO? Acho que essa é a característica que mais me define. O meu objetivo como autor é surpreender o público e pra mim, nada mais divertido é ver o leitor se apegar com um personagem e eu arrancar ele da trama. Isso o surpreende! Isso o choca! E essa é a minha intenção. Aqui, o Ângelo é anunciado morto no primeiro episódio e o leitor se apega com a figura dele, então aguço a curiosidade para saber se alguém o matou ou se ele se suicidou.


KAMASUTRA É UM SUSPENSE OU UM ROMANCE? É uma trama policial. Há suspense, mas não é o gênero predominante, como o romance também não é. Acho que as cenas românticas são importantes, mas não dominam a trama, então há um pouco de cada coisa, mas o que prevalece é a trama policial. É a trama policial que é o fio-condutor.


HÁ ALGUM PERSONAGEM QUE VOCÊ GOSTA MAIS? Eu amo o Ângelo, acho ele um cara muito corajoso, se eu o conhecesse daria uns conselhos pra ele. A Maria Alice é interessante também. A Beatriz é escrava do sexo, é uma pessoa problemática, mas é divertida. Agora o meu xodó é o Eduardo, ele é o homem que toda mulher espera conhecer, ele é um homem meio-lerdo, mas é romântico. A essência dele é o amor. Isso é importante! Parece que nada abala ele, só a Maria Alice que consegue fazer isso.


KAMASUTRA EXIGIU MUITO DE VOCÊ COMO AUTOR? Eu sou muito ruim em detalhar cenas, o ponto forte da minha dramaturgia, pra mim, são os diálogos. E às vezes até nisso eu escorrego e falho, então toda vez que eu escrevo algo, eu fico com medo. A crítica é essencial, mas amedronta. Kamasutra exige, porque eu preciso mostrar evolução e se eu não mostrar, a crítica vai pegar pesado comigo, então meio que meu maior desafio é me convencer de que a crítica vai gostar.


POR QUE TÃO INTIMISTA? Eu queria inicialmente criar outros núcleos, mas acho que centralizar a trama em quatro personagens me dá uma introspeção na vida de cada um. No psicológico de cada personagem! Analisar cada comportamento, cada personagem, cada ideal e apresentar entre os quatro um conflito tão universal que é o amor. Amar é algo que todos já viveram, e cada um tem uma visão desse sentimento. Em cada episódio há cenas de cada um num hobbie particular, em uma cena sozinho, e isso nos faz acompanhar a essência desses personagens. Maria Alice é sem graça, é clichê, enquanto Beatriz masturba vendo um vídeo pornô. Eduardo é intelectual, fala sobre cinema e literatura, Ângelo é liberal, mas ao mesmo tempo inteligente para formular frases repletas de cultura.


QUAL É SEU MÉTODO DE ESCRITA? Eu sou estranho ao escrever. Sou intenso na escrita, geralmente escrevo cenas soltas e depois eu junto tudo de forma que tudo se encaixe linearmente. Me sentia preso em escaletas quando comecei, hoje em dia eu me liberto de tudo isso para guiar as cenas como eu quiser. Não há rótulos na escrita. Pelo menos na minha não há. Eu escrevo cenas avulsas, decido se quero pôr elas no primeiro ou no último episódio, porque um autor é como um maestro. Então todas as vezes em que lerem um capítulo meu, saiba que cada cena foi escrita em dias diferentes, em situações diferentes e que eu fiz um amontoado de elementos para compor o produto final.


COMO É SUA ROTINA DE ESCRITA? Eu gosto de escrever ouvindo música. Escrevi A CESAREIA ouvindo frozen de Madonna, inclusive eu queria muito essa música na abertura, mas o Well achou melhor usar uma música medieval. PSI eu ouvi muito Lonely de Bobby Vinton, então cada trama tem uma música tema, vamos dizer assim. Nessa eu ouvi muito Perigo de Zizi Possi. Aconselho vocês a lerem os capítulos ouvindo essa música, haverá uma imersão total.


O QUE É KAMASUTRA PRA VOCÊ? Eu quis ser mais poético aqui. Amor é poesia, não tem como falar sobre amor sem expor alguma frase poética ou lírica. Kamasutra é poesia! Não é safadeza, é amor, mas o título é sugestivo. A intimidade de um casal sério pode ter uma estética de família tradicional e dentro de quatro paredes haver posições sexuais que chocariam um conservador. Kamasutra é o contrário, o título sugere romance hot e o que o leitor encontra é a mais pura poesia que rodeia o tema. Parece grandiosa pela forma como é contada, mas é fácil e clichê resumir essa história. Quem nunca viu uma história de traição? De casos extraconjugais? É clichê, mas a forma como eu conto essa trama é essencial.


QUAL A SUA CENA FAVORITA ATÉ AGORA? A cena do chá é deliciosa! A conexão daquelas duas pessoas tão parecidas, mas visivelmente distintas. A perceção de que a traição ocorreria melhor se Beatriz fosse a traíra. A singularidade e as consequências de uma traição vai além do que mostram. Não é romântico, não é fofo, não é simplesmente decidir divorciar e pronto, divórcio é abrir mão de uma história construída à anos por uma simples frase dita num minuto. Quando se percebe essa complexidade, o texto flui.


QUAL SEU MAIOR DESAFIO? Um desafio meu é manter o leitor por três semanas acompanhando poucos personagens. Acho que um trunfo foi a não-linearidade, isso me permitiu transitar esse o passado, o presente e acontecimentos futuros sem confundir o público. ´´


O QUE ESPERAR DO FINAL DA TRAMA? Há uma tragédia anunciada. Esqueçam finais felizes! Desde o início eu anunciei isso, mas há algumas cenas importantes que vão complementar a história. Kamasutra foi escrita com muita pretensão, então se você é leitor assíduo da trama, eu aconselho você a reler os capítulos após o fim. Há muitas pistas no decorrer da trama, algumas bem sutis, algumas explícitas, alguns diálogos bem subliminares, vale muito a pena reler.

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