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Feridas do Passado | Capítulo 13


De Wesley Franco


“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.


Cena 1: Continuação imediata da cena final do capitulo anterior.

Caíque – Cale a boca sua mãe desnaturada, você sempre preferiu o Victor pois vai atrás dele, pois nessa casa você não fica.

Milena – Eu quero ver quem vai me tirar daqui!

Caíque – Foi você que escolheu. – Caíque pega Milena pel pescoço e arrasta para fora da mansão.

Milena – A quem você ta querendo impressionar? O que você ganha me colocando para fora da minha casa.

Caíque – Eu ganho porque meu maior desejo é lhe ver sofrer, para que você possa sentir na pele o que eu sentir um dia.

Milena – Você não pode ta falando sério, eu sou a sua mãe.

Caíque – Mãe você é a minha mãe? – Caíque continua arrastando Milena para fora da mansão.

Milena – Miserável, infame, covarde, eu não vou sair desta casa, eu não vou.

Caíque – Você vai sair a qualquer custo. – Caíque abre o portão e tenta jogar Milena para fora da mansão.

Milena (Grita) – Eu não vou, me largue, seu miserável.

Caíque – Suma daqui. – Caíque empurra Milena para fora da mansão e fecha os portões.

Milena (Chora) – Não, não, não, você não pode fazer isso comigo, não pode.

Caíque – Eu não quero ver você aqui nunca mais, se um dia você quiser voltar para esta casa, será para me servir, caso ao contrário se vire.

Milena – Eu vou embora, mas eu vou voltar, e eu juro que você vai se arrepender do que me fez.

Caíque – Isso aqui foi só o começo, eu vou lhe destruir. (Sorriso).

Cena 2: Rio de Janeiro / Copacabana / Apartamento de Glória e Raul / Sala de estar / Dia.

Raul tem uma ideia de onde Glória pode estar.

Alex – A polícia ainda não tem nenhuma notícia da vovó. – diz Alex enquanto desliga o telefone –. Não podemos nos desesperar.

Raul – Para onde meu Deus? Para onde é a Glorinha pode ter ido? – diz Raul pensativo.

Alex – Pensa bem vô, se a vovó estava tendo delírios de como se estivesse no passado, para onde você acha que ela poderia ter ido?

Raul – A casa de campo em Petrópolis, claro ela só pode ter ido para lá.

Alex – Mas vocês não venderam a casa a uns 10 anos?

Raul – Vendemos, mas a Glorinha nunca se contentou com isso possa ser que ela esteja lá.

Alex – Então vamos para Petrópolis agora mesmo, no caminho avisamos ao papai e a mamãe.

Cena 3: Salvador / Sede do Governo / Sala de Felipe / Dia.

Felipe e Arlete conversam sobre a noite anterior.

Arlete entra na sala após ser chamada por Felipe através do telefone.

Felipe – Eu queria me desculpar pelo inconveniente de ontem da minha esposa, a Soraya é assim mesmo não liga para o comportamento dela.

Arlete – Não precisava ter se preocupado com isso, está tudo caminhando muito bem e estou bastante feliz.

Felipe – Escolheu o apartamento?

Arlete – Escolhi sim ele fica na Paralela bem perto aqui da sede e pelas fotos me parece bem bonito, hoje no horário do almoço marquei com o Henrique para conhecer o apartamento.

Felipe – Espero que goste e se instale nele, ontem você deve ter chegado em casa bem tarde.

Arlete – Ontem não fui para casa dormir aqui na cidade mesmo.

Felipe – Com o Henrique? Perdão, eu quis perguntar se dormiu no apartamento do Henrique. – diz Felipe meio atrapalhado com as palavras.

Arlete – Dormir em um hotel mas hoje pretendo dormir em casa. – sorriso.

Felipe (Sorrir) – Que bom.

Cena 4: Petrópolis / Exterior antiga casa dos Menezes / Dia.

Raul e Alex encontram Glória.

Raul – Meu amor o que você veio fazer aqui?

Glória – Vim passar uns dias aqui na nossa casa em Petrópolis, estava cansada do estresse da cidade. – diz Glória olhando fixamente para sua antiga casa.

Raul – Vendemos essa casa há anos, você não se lembra?

Glória – Mas claro que não, nunca venderíamos essa casa, meu pai nós deu de presente de casamento, se lembra Raul?

Alex – Vó, você me reconhece?

Glória – Raul quem é esse menino me chamando de vó? Acho que ele está me confundindo.

Raul – Glória este é o Alex nosso neto, você não se lembra?

Glória – Ainda não temos netos Raul, nem filhos nós temos mas um dia iremos ter, e vamos cuidar deles aqui nesta casa.– diz Glória andando de um lado para o outro observando a casa.

Raul (Triste) – Ela não lhe reconheceu Alex, o que está acontecendo com a minha Glória?

Alex se aproxima de Glória e começa a cantar para ela.

Alex (Cantando) – Hoje é um dia muito especial para você, que não dá para esquecer, em vez de comemorar eu queria agradecer, por tudo que me fez, você me viu nascer, crescer e andar. – Alex segura as mãos de Glória e olha no fundo dos olhos dela.

Alex (Cantando e chorando) – E a cada passo meu cuidava de mim, me ensinou tudo que eu sei e muito mais, e agora é hora de dizer o que aprendi.

Glória – Você está chorando meu Alex?

Alex (Emocionado) – Você voltou vó.

Glória – Eu sempre estarei aqui meu neto, para o que você precisar. – Glória abraça Alex.

Cena 5: Rio de Janeiro / Leblon / Apartamento de Maria Clara / Suíte do Casal / Tarde.

Victor resolve ir atrás do seu passado.

Maria Clara – Meu amor acabei o projeto da reforma do nosso escritório e ficou maravilhoso.

Victor – E eu já falei com um advogado e ele vai resolver toda a parte burocrática.

Maria Clara (Sorridente) – Então nosso escritório já está encaminhado.

Victor – Sim, eu queria falar com você sobre uma decisão que eu tomei agora a pouco.

Maria Clara – Decisão sobre o que?

Victor – Eu resolvi procurar o meu passado, irei atrás dos meus pais verdadeiros.

Maria Clara – Isso é ótimo meu amor, mas por onde você vai começar?

Victor – Por Ilhéus a cidade o qual eu nasci, eu marquei minha passagem para amanhã bem cedo.

Maria Clara – Você quer que eu vá com você?

Victor – Não precisa, prefiro fazer isso sozinho e além disso você precisa estar aqui para caso haja algum problema com a nosso escritório.

Maria Clara – Tudo bem, mas lembre-se que se você precisar de mim eu pego o primeiro avião e vou lhe encontrar.

Victor – É por isso que eu te amo.

Maria Clara – Eu também te amo muito.

Maria Clara e Victor se beijam.

Cena 6. Salvador / Paralela / Apartamento de Arlete / Tarde.

Arlete conhece o apartamento.

Henrique – Este aqui é o seu futuro apartamento.

Arlete – Ele é lindo Henrique, muito mais bonito pessoalmente.

Henrique – Ele já é seu, aqui estar as chaves do seu novo apartamento. – diz ele entregando as chaves.

Arlete – Você foi um anjo que apareceu na minha vida, sabia?

Henrique – Um anjo pode lhe convidar para sairmos para comemorar o novo apartamento?

Arlete – Mas claro que sim, porém não vai ser hoje.

Henrique – Por que não?

Arlete – Ontem eu já dormir fora de casa, meu pai não deve ter gostado nada disso, então é melhor eu voltar para casa hoje e amanhã comemoramos.

Henrique (Sorrindo) – Tudo bem, irei cobrar.

Arlete – Olha essa vista ela é maravilhosa. – diz Arlete olhando pela varanda.

Cena 7: Salvador / Hospital Geral / Quarto Nº 202 / Tarde.

Maitê recebe alta do hospital.

Maitê – Pai…quando é que vou poder voltar para casa? Estou com saudades de brincar com o Joseph.

Otávio – Logo, logo filha, quando voltarmos você vai poder brincar o tempo que quiser com o Joseph e vamos tomar muito sorvete. – diz Otávio acariciando os cabelos de Maitê, enquanto está deitado do lado dela na cama do hospital.

Médico (Sorrindo) – Oi Maitê, como você está hoje? – o médico começa a examina-la.

Maitê – Estou bem e morrendo de vontade de voltar pra casa.

Médico – Que bom, então hoje é seu dia de sorte pois eu vim aqui justamente avisar que amanhã de manhã você vai receber alta.

Maitê – Sério?

Médico – Sim, você já está pronta para brincar muito com seus amigos, mas não faça muito esforço, combinados?

Maitê – Sim, não vou fazer tanto esforço, e eu vou poder tomar sorvete?

Médico – Quantos você quiser.

Cena 8: Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Diego / Sala / Noite.

Diego expulsa Arlete de casa.

Arlete – Boa noite pai, onde está a mãe?

Diego – Isso é hora de mulher direita chegar em casa?

Arlete (Assustada) – Eu estava no trabalho pai.

Diego – Desde de ontem que você não aparece em casa, onde foi que você dormiu SUA FILHA DE UMA ÉGUA? – Diego dar um tapa na cara de Arlete.

Arlete – Você enlouqueceu pai, eu avisei a mãe que eu ia dormir fora pois eu estava resolvendo os detalhes do apartamento.

Diego – Ordinária, vagabunda, sem vergonha. – Diego joga Arlete no chão e a puxa pelos cabelos.

Diego – Dormindo fora, ridicularizando minha família, o meu nome, sua vagabunda. – Diego dar tapas na cabeça de Arlete e a puxa pelos cabelos para fora de casa.

Arlete – Ai, Ai, para pai, para. – diz Arlete chorando enquanto é arrastada pelos cabelos até fora de casa.

Carol ouve os gritos da filha e sai do quarto desesperada para saber o que está havendo.



Rua da casa de Diego.

Carol – Não, não, deixa ela ficar. – diz Carolina se jogando em cima da filha para que Diego para de arrasta-la.

Diego – Saia daí Carol, não se meta! – Diego puxa Carol pelos cabelos e a joga para outro lado e volta a dar tapas em Carolina.

Diego – Você vai embora da minha casa, que eu não aceito filha PUTA. – Diego puxa Carol pelos cabelos e arrasta pela rua até se afastar da casa.

Carol (Chorando) – Deixa ela ficar Diego, deixa ela ficar.

Diego joga Carol no chão.

Diego – Vá embora, eu não quero mais você dentro de minha casa e a partir de hoje você não é mais minha filha, não quero lhe ver nunca mais. – Diego dar mais um tapa na cara de Arlete e sai.

Carol (Chorando) – Filha…

Arlete – Deixa mãe, eu já aluguei meu apartamento em Salvador, só lhe peço que arrume minhas coisas e mande lá para casa do vô e da vó, que amanhã mesmo eu vou me embora, e quando tiver tudo ajeitado lá mãe, eu volto para lhe buscar.

Carol – Vai com Deus filha, que Deus lhe abençoe e lhe proteja de todo o mal.

Cena 9: Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Feliciano e Raimunda / Sala / Noite.

Arlete chega para se abrigar na casa de seu avós.

Raimunda (Surpresa) – Você por aqui minha filha, mas o que lhe aconteceu? E essas marcas no rosto, esse sangue, o que houve?

Feliciano – Você foi assaltada minha neta? – diz Feliciano ajudando Arlete a se senta no sofá.

Arlete (Chorando) – Foi o pai ele me expulsou de casa, me deu vários tapas na cara, na cabeça, puxou meu cabelo, me arrastou pela rua, foi a maior humilhação da minha vida, todos me olhando.

Raimunda (Assustada) – O que foi que você fez para seu pai agir desta maneira?

Arlete – Nada, eu apenas dormir fora ontem pois eu tinha que resolver os detalhes do apartamento que estou para alugar, e avisei a mãe que iria dormir fora, quando cheguei hoje ele simplesmente agiu desta forma.

Feliciano (Exaltado) – Eu vou lá ensinar a seu pai como deve se tratar uma filha!

Arlete – Não vô, não faz isso, o pai está muito estressado e vai ser pior se o senhor for lá falar com ele, é melhor deixar ele se acalmar.

Feliciano – Mas ele não pode botar a filha para fora de casa, não é certo.

Arlete – Eu só peço para ficar aqui até amanhã, eu já aluguei meu apartamento em Salvador.

Feliciano – Quando passar essa confusão toda eu vou conversar com seu pai, essa história não pode ficar assim.

Arlete – Deixa vô, eu já estou bem e é isso que importa.

Cena 10: Ilhéus / Hospital da Cidade / Recepção / Dia.

Victor chega ao hospital em que nasceu.

Victor – Segundo consta na carta é este o hospital. – diz ele se dirigindo até uma das recepcionistas.

Victor – Boa noite, eu gostaria de falar com uma enfermeira chamada Joelma.

Recepcionista – Me desculpa senhor mas não tem nenhuma enfermeira com esse nome.

Victor – Eu preciso de uma informação muito importante, sobre uma criança que nasceu aqui neste hospital em 19 de novembro de 1988.

Recepcionista – Esse tipo de informação além de ser difícil não vai ser possível, me desculpe.

Victor (Exaltado) – Não, você não está entendendo, no dia 19 de novembro de 1988 aconteceu um crime neste hospital, chame o diretor deste hospital.

Recepcionista – Só um instante irei me informar se ele pode lhe atender. – ela faz uma ligação para a secretária do diretor.

Victor – Tudo bem eu espero.

Recepcionista – Ele irá lhe atender, a sala dele ficar no 5º andar.

Victor – Obrigado. – diz ele se dirigindo ao 5º andar do hospital.

Cena 11: Ilhéus / Hospital da Cidade / Sala do Diretor / Dia.

Victor conversa com o diretor do Hospital.

Tony – Sente-se por favor, a recepcionista me disse que você tinha urgência em falar comigo.

Victor – Bastante urgência. – Victor se senta –. E o assunto é bastante importante, e muito grave.

Tony – Pois não, pode falar.

Congelamento no rosto de Victor.

Fim do capítulo.

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