Feridas do Passado | Capítulo 13
- Estúdio Webs
- 6 de jan. de 2023
- 9 min de leitura
Atualizado: 29 de out. de 2023

De Wesley Franco
“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.
Cena 1: Continuação imediata da cena final do capitulo anterior.
Caíque – Cale a boca sua mãe desnaturada, você sempre preferiu o Victor pois vai atrás dele, pois nessa casa você não fica.
Milena – Eu quero ver quem vai me tirar daqui!
Caíque – Foi você que escolheu. – Caíque pega Milena pel pescoço e arrasta para fora da mansão.
Milena – A quem você ta querendo impressionar? O que você ganha me colocando para fora da minha casa.
Caíque – Eu ganho porque meu maior desejo é lhe ver sofrer, para que você possa sentir na pele o que eu sentir um dia.
Milena – Você não pode ta falando sério, eu sou a sua mãe.
Caíque – Mãe você é a minha mãe? – Caíque continua arrastando Milena para fora da mansão.
Milena – Miserável, infame, covarde, eu não vou sair desta casa, eu não vou.
Caíque – Você vai sair a qualquer custo. – Caíque abre o portão e tenta jogar Milena para fora da mansão.
Milena (Grita) – Eu não vou, me largue, seu miserável.
Caíque – Suma daqui. – Caíque empurra Milena para fora da mansão e fecha os portões.
Milena (Chora) – Não, não, não, você não pode fazer isso comigo, não pode.
Caíque – Eu não quero ver você aqui nunca mais, se um dia você quiser voltar para esta casa, será para me servir, caso ao contrário se vire.
Milena – Eu vou embora, mas eu vou voltar, e eu juro que você vai se arrepender do que me fez.
Caíque – Isso aqui foi só o começo, eu vou lhe destruir. (Sorriso).
Cena 2: Rio de Janeiro / Copacabana / Apartamento de Glória e Raul / Sala de estar / Dia.
Raul tem uma ideia de onde Glória pode estar.
Alex – A polícia ainda não tem nenhuma notícia da vovó. – diz Alex enquanto desliga o telefone –. Não podemos nos desesperar.
Raul – Para onde meu Deus? Para onde é a Glorinha pode ter ido? – diz Raul pensativo.
Alex – Pensa bem vô, se a vovó estava tendo delírios de como se estivesse no passado, para onde você acha que ela poderia ter ido?
Raul – A casa de campo em Petrópolis, claro ela só pode ter ido para lá.
Alex – Mas vocês não venderam a casa a uns 10 anos?
Raul – Vendemos, mas a Glorinha nunca se contentou com isso possa ser que ela esteja lá.
Alex – Então vamos para Petrópolis agora mesmo, no caminho avisamos ao papai e a mamãe.
Cena 3: Salvador / Sede do Governo / Sala de Felipe / Dia.
Felipe e Arlete conversam sobre a noite anterior.
Arlete entra na sala após ser chamada por Felipe através do telefone.
Felipe – Eu queria me desculpar pelo inconveniente de ontem da minha esposa, a Soraya é assim mesmo não liga para o comportamento dela.
Arlete – Não precisava ter se preocupado com isso, está tudo caminhando muito bem e estou bastante feliz.
Felipe – Escolheu o apartamento?
Arlete – Escolhi sim ele fica na Paralela bem perto aqui da sede e pelas fotos me parece bem bonito, hoje no horário do almoço marquei com o Henrique para conhecer o apartamento.
Felipe – Espero que goste e se instale nele, ontem você deve ter chegado em casa bem tarde.
Arlete – Ontem não fui para casa dormir aqui na cidade mesmo.
Felipe – Com o Henrique? Perdão, eu quis perguntar se dormiu no apartamento do Henrique. – diz Felipe meio atrapalhado com as palavras.
Arlete – Dormir em um hotel mas hoje pretendo dormir em casa. – sorriso.
Felipe (Sorrir) – Que bom.
Cena 4: Petrópolis / Exterior antiga casa dos Menezes / Dia.
Raul e Alex encontram Glória.
Raul – Meu amor o que você veio fazer aqui?
Glória – Vim passar uns dias aqui na nossa casa em Petrópolis, estava cansada do estresse da cidade. – diz Glória olhando fixamente para sua antiga casa.
Raul – Vendemos essa casa há anos, você não se lembra?
Glória – Mas claro que não, nunca venderíamos essa casa, meu pai nós deu de presente de casamento, se lembra Raul?
Alex – Vó, você me reconhece?
Glória – Raul quem é esse menino me chamando de vó? Acho que ele está me confundindo.
Raul – Glória este é o Alex nosso neto, você não se lembra?
Glória – Ainda não temos netos Raul, nem filhos nós temos mas um dia iremos ter, e vamos cuidar deles aqui nesta casa.– diz Glória andando de um lado para o outro observando a casa.
Raul (Triste) – Ela não lhe reconheceu Alex, o que está acontecendo com a minha Glória?
Alex se aproxima de Glória e começa a cantar para ela.
Alex (Cantando) – Hoje é um dia muito especial para você, que não dá para esquecer, em vez de comemorar eu queria agradecer, por tudo que me fez, você me viu nascer, crescer e andar. – Alex segura as mãos de Glória e olha no fundo dos olhos dela.
Alex (Cantando e chorando) – E a cada passo meu cuidava de mim, me ensinou tudo que eu sei e muito mais, e agora é hora de dizer o que aprendi.
Glória – Você está chorando meu Alex?
Alex (Emocionado) – Você voltou vó.
Glória – Eu sempre estarei aqui meu neto, para o que você precisar. – Glória abraça Alex.
Cena 5: Rio de Janeiro / Leblon / Apartamento de Maria Clara / Suíte do Casal / Tarde.
Victor resolve ir atrás do seu passado.
Maria Clara – Meu amor acabei o projeto da reforma do nosso escritório e ficou maravilhoso.
Victor – E eu já falei com um advogado e ele vai resolver toda a parte burocrática.
Maria Clara (Sorridente) – Então nosso escritório já está encaminhado.
Victor – Sim, eu queria falar com você sobre uma decisão que eu tomei agora a pouco.
Maria Clara – Decisão sobre o que?
Victor – Eu resolvi procurar o meu passado, irei atrás dos meus pais verdadeiros.
Maria Clara – Isso é ótimo meu amor, mas por onde você vai começar?
Victor – Por Ilhéus a cidade o qual eu nasci, eu marquei minha passagem para amanhã bem cedo.
Maria Clara – Você quer que eu vá com você?
Victor – Não precisa, prefiro fazer isso sozinho e além disso você precisa estar aqui para caso haja algum problema com a nosso escritório.
Maria Clara – Tudo bem, mas lembre-se que se você precisar de mim eu pego o primeiro avião e vou lhe encontrar.
Victor – É por isso que eu te amo.
Maria Clara – Eu também te amo muito.
Maria Clara e Victor se beijam.
Cena 6. Salvador / Paralela / Apartamento de Arlete / Tarde.
Arlete conhece o apartamento.
Henrique – Este aqui é o seu futuro apartamento.
Arlete – Ele é lindo Henrique, muito mais bonito pessoalmente.
Henrique – Ele já é seu, aqui estar as chaves do seu novo apartamento. – diz ele entregando as chaves.
Arlete – Você foi um anjo que apareceu na minha vida, sabia?
Henrique – Um anjo pode lhe convidar para sairmos para comemorar o novo apartamento?
Arlete – Mas claro que sim, porém não vai ser hoje.
Henrique – Por que não?
Arlete – Ontem eu já dormir fora de casa, meu pai não deve ter gostado nada disso, então é melhor eu voltar para casa hoje e amanhã comemoramos.
Henrique (Sorrindo) – Tudo bem, irei cobrar.
Arlete – Olha essa vista ela é maravilhosa. – diz Arlete olhando pela varanda.
Cena 7: Salvador / Hospital Geral / Quarto Nº 202 / Tarde.
Maitê recebe alta do hospital.
Maitê – Pai…quando é que vou poder voltar para casa? Estou com saudades de brincar com o Joseph.
Otávio – Logo, logo filha, quando voltarmos você vai poder brincar o tempo que quiser com o Joseph e vamos tomar muito sorvete. – diz Otávio acariciando os cabelos de Maitê, enquanto está deitado do lado dela na cama do hospital.
Médico (Sorrindo) – Oi Maitê, como você está hoje? – o médico começa a examina-la.
Maitê – Estou bem e morrendo de vontade de voltar pra casa.
Médico – Que bom, então hoje é seu dia de sorte pois eu vim aqui justamente avisar que amanhã de manhã você vai receber alta.
Maitê – Sério?
Médico – Sim, você já está pronta para brincar muito com seus amigos, mas não faça muito esforço, combinados?
Maitê – Sim, não vou fazer tanto esforço, e eu vou poder tomar sorvete?
Médico – Quantos você quiser.
Cena 8: Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Diego / Sala / Noite.
Diego expulsa Arlete de casa.
Arlete – Boa noite pai, onde está a mãe?
Diego – Isso é hora de mulher direita chegar em casa?
Arlete (Assustada) – Eu estava no trabalho pai.
Diego – Desde de ontem que você não aparece em casa, onde foi que você dormiu SUA FILHA DE UMA ÉGUA? – Diego dar um tapa na cara de Arlete.
Arlete – Você enlouqueceu pai, eu avisei a mãe que eu ia dormir fora pois eu estava resolvendo os detalhes do apartamento.
Diego – Ordinária, vagabunda, sem vergonha. – Diego joga Arlete no chão e a puxa pelos cabelos.
Diego – Dormindo fora, ridicularizando minha família, o meu nome, sua vagabunda. – Diego dar tapas na cabeça de Arlete e a puxa pelos cabelos para fora de casa.
Arlete – Ai, Ai, para pai, para. – diz Arlete chorando enquanto é arrastada pelos cabelos até fora de casa.
Carol ouve os gritos da filha e sai do quarto desesperada para saber o que está havendo.
Rua da casa de Diego.
Carol – Não, não, deixa ela ficar. – diz Carolina se jogando em cima da filha para que Diego para de arrasta-la.
Diego – Saia daí Carol, não se meta! – Diego puxa Carol pelos cabelos e a joga para outro lado e volta a dar tapas em Carolina.
Diego – Você vai embora da minha casa, que eu não aceito filha PUTA. – Diego puxa Carol pelos cabelos e arrasta pela rua até se afastar da casa.
Carol (Chorando) – Deixa ela ficar Diego, deixa ela ficar.
Diego joga Carol no chão.
Diego – Vá embora, eu não quero mais você dentro de minha casa e a partir de hoje você não é mais minha filha, não quero lhe ver nunca mais. – Diego dar mais um tapa na cara de Arlete e sai.
Carol (Chorando) – Filha…
Arlete – Deixa mãe, eu já aluguei meu apartamento em Salvador, só lhe peço que arrume minhas coisas e mande lá para casa do vô e da vó, que amanhã mesmo eu vou me embora, e quando tiver tudo ajeitado lá mãe, eu volto para lhe buscar.
Carol – Vai com Deus filha, que Deus lhe abençoe e lhe proteja de todo o mal.
Cena 9: Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Feliciano e Raimunda / Sala / Noite.
Arlete chega para se abrigar na casa de seu avós.
Raimunda (Surpresa) – Você por aqui minha filha, mas o que lhe aconteceu? E essas marcas no rosto, esse sangue, o que houve?
Feliciano – Você foi assaltada minha neta? – diz Feliciano ajudando Arlete a se senta no sofá.
Arlete (Chorando) – Foi o pai ele me expulsou de casa, me deu vários tapas na cara, na cabeça, puxou meu cabelo, me arrastou pela rua, foi a maior humilhação da minha vida, todos me olhando.
Raimunda (Assustada) – O que foi que você fez para seu pai agir desta maneira?
Arlete – Nada, eu apenas dormir fora ontem pois eu tinha que resolver os detalhes do apartamento que estou para alugar, e avisei a mãe que iria dormir fora, quando cheguei hoje ele simplesmente agiu desta forma.
Feliciano (Exaltado) – Eu vou lá ensinar a seu pai como deve se tratar uma filha!
Arlete – Não vô, não faz isso, o pai está muito estressado e vai ser pior se o senhor for lá falar com ele, é melhor deixar ele se acalmar.
Feliciano – Mas ele não pode botar a filha para fora de casa, não é certo.
Arlete – Eu só peço para ficar aqui até amanhã, eu já aluguei meu apartamento em Salvador.
Feliciano – Quando passar essa confusão toda eu vou conversar com seu pai, essa história não pode ficar assim.
Arlete – Deixa vô, eu já estou bem e é isso que importa.
Cena 10: Ilhéus / Hospital da Cidade / Recepção / Dia.
Victor chega ao hospital em que nasceu.
Victor – Segundo consta na carta é este o hospital. – diz ele se dirigindo até uma das recepcionistas.
Victor – Boa noite, eu gostaria de falar com uma enfermeira chamada Joelma.
Recepcionista – Me desculpa senhor mas não tem nenhuma enfermeira com esse nome.
Victor – Eu preciso de uma informação muito importante, sobre uma criança que nasceu aqui neste hospital em 19 de novembro de 1988.
Recepcionista – Esse tipo de informação além de ser difícil não vai ser possível, me desculpe.
Victor (Exaltado) – Não, você não está entendendo, no dia 19 de novembro de 1988 aconteceu um crime neste hospital, chame o diretor deste hospital.
Recepcionista – Só um instante irei me informar se ele pode lhe atender. – ela faz uma ligação para a secretária do diretor.
Victor – Tudo bem eu espero.
Recepcionista – Ele irá lhe atender, a sala dele ficar no 5º andar.
Victor – Obrigado. – diz ele se dirigindo ao 5º andar do hospital.
Cena 11: Ilhéus / Hospital da Cidade / Sala do Diretor / Dia.
Victor conversa com o diretor do Hospital.
Tony – Sente-se por favor, a recepcionista me disse que você tinha urgência em falar comigo.
Victor – Bastante urgência. – Victor se senta –. E o assunto é bastante importante, e muito grave.
Tony – Pois não, pode falar.
Congelamento no rosto de Victor.
Fim do capítulo.
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