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Feridas do Passado | Capítulo 16


De Wesley Franco


“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.


Cena 1. Continuação imediata da cena final do capitulo anterior.

Exterior da Casa

O fogo consome toda a casa, e as pessoas da vizinhança tentam jogar água para acabar o fogo, mas é muito tarde. Raimunda e Feliciano morrem queimados.

Cena 2. Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Diego / Quartinho dos Fundos / Dia.

Carol descobre que seus pais estão mortos.

Diego – Vim lhe trazer uma notícia e comida. – diz Diego botando o prato de comida no chão.

Carol – Me tira daqui, eu não aguento mais ficar neste quarto frio e escuro, eu quero ver minha filha, meus pais, me tira daqui.

Diego – Sua filha foi para capital, já seus pais…

Carol – O que houve com meus pais?

Diego – Estão mortos! Eu lhe avisei que acabaria com a vida do seu Feliciano e cumprir, ontem a noite eu incendiei a casa deles e os dois morreram queimados.

Carol (Espantada) – Não, não! Você é um monstro, um louco.

Diego – Isso foi só o começo, você já viu do que eu sou capaz.

Carol (Grita) – Seu Monstro! Monstro! Assassino, assassino, maldito, miserável. – Carol dar tapas no peito de Diego.

Diego – Cale a boca. – Diego dar um tapa forte na cara de Carol que cai ao chão.

Carol (Chorando) – Você não podia ter feito isso, eles não tinham culpa de nada, você os matou queimado, você tem noção do que é isso. Morrer queimado, o sofrimento que eles passaram até morrer, seu monstro.

Diego – Eu lamento muito.

Carol (Chorando) – Lamenta? Você lamenta? O que eu sinto hoje por você é ódio, ódio por tudo, você fez da minha vida um inferno, eu perdi a minha juventude por sua culpa, eu estou desleixada, feia, por sua culpa, aguentei todas as suas grosserias, todas as suas agressões, mas hoje você chegou ao limite, você matou meus pais, eu lhe odeio, desejo tudo de ruim para você.

Diego – Não estou aqui para ouvir as suas reclamações, só vim para lhe avisar que amanhã será o enterro deles, pelo menos do que sobrou deles, e você vai aparecer lá como se nada tivesse acontecido, se você contar para alguém o que está acontecendo aqui, eu mato a sua filha e em seguida lhe mato.

Cena 3. Salvador / Sede do Governo / Sala do Governador / Dia.

Felipe conversa com Arlete sobre seu casamento.

Arlete – O que deseja senhor Felipe?

Felipe – Desejo uma amiga, preciso de alguém para conversar.

Arlete – O senhor está passando por algum problema?

Felipe – Eu sei que não temos essa intimidade, mas eu não tenho ninguém para conversar e você é a pessoa que mais está próxima de mim, e preciso conversar com alguém.

Arlete – Pode dizer, eu estou aqui para ouvi-lo.

Felipe – Meu casamento está chegando ao limite, eu não aguento mais a Soraya, ela é má, perversa, mas eu mereço tudo que está acontecendo na minha vida eu mereço.

Arlete – Ninguém nessa vida merece sofrer seu Felipe, se acha que não está mais feliz no seu casamento você deve se separar e tentar ser feliz novamente ao lado de outra pessoa.

Felipe – Não é tão fácil assim, um dia eu lhe contarei todo meu passado e você vai entender porque eu devo sofrer hoje.

O telefone celular de Arlete toca.

Arlete – Perdão seu Felipe.

Felipe – Pode atender, sem problemas.

Arlete – Obrigada. – Arlete atende o telefone e recebe a notícia de quem seus avós morreram.

Artelete (Chorando) – Não, não pode ser, eu estou indo agora mesmo.

Felipe – Aconteceu alguma coisa?

Arlete (Chorando) – Minha avó e meu avô morreram queimados ontem a noite, eu preciso ir até lá.

Felipe – Eu sinto muito Arlete, irei lhe acompanhar, se você for de ônibus vai demorar muito, então eu mesmo irei lhe levar.

Arlete (Chorando) – Isso não podia ter acontecido, não podia.

Felipe abraça Arlete.

Cena 4 – Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Capela do Cemitério / Tarde.

Raimunda e Feliciano são velados.

Arlete – Mãe, que saudades de você. – Arlete abraça sua mãe.

Carol – Filha… – Carol olha para Diego que retribue com um olhar sério.

Carol – O que você está fazendo aqui? Depois de ter manchado o nome da nossa família.

Arlete – Mãe?

Diego – É isso mesmo, você não é mais nossa filha e não tem o direito de está aqui neste velório.

Arlete – Essa atitude eu já esperava em relação ao meu pai, mas jamais esperaria que a senhora me tratasse dessa forma.

Arlete – Me desculpa minha filha.

Diego – Não tem nada que pedir desculpas! Vamos para o outro lado, não quero ficar ao lado dessa perdida. – Diego arrasta Carol para o outro lado da Capela.

Felipe – Eu não imaginava que a relação com seus pais estivessem assim.

Arlete – Com o meu pai eu já sabia que ele me trataria com friesa, mas a minha mãe ter me tratando assim é uma surpresa, eu sinto que está acontecendo alguma coisa de errado.

Cena 5 – Rio de Janeiro.


DIAS DEPOIS

Cena 6 – Rio de Janeiro / Laboratório / Sala de espera / Dia.

Victor pega os resultados do exame de DNA.

Victor – Já cheguei no Rio meu amor, vou pegar um táxi e em mais ou menos uma hora eu já estou aí para te ver. – diz Victor falando ao celular com Maria Clara.

Victor – Um beijo. – Victor desliga o celular.

Recepcionista – Senhor Victor Albuquerque.

Victor – Sou eu. – Victor se levanta e vai até a recepção.

Recepcionista – Aqui está o resultado do exame. – diz a Recepcionista entregando o exame.

Victor – Obrigado. – Victor abre o exame.

Victor (Sorrindo) – Negativo! Negativo, ela não é minha irmã.

Cena 7 – Rio de Janeiro / Leblon / Apartamento de Maria Clara / Dia.

Victor volta de viaja.

Victor (Sorrindo) – Desde de que te vi pela primeira vez naquela rua, com você quase sendo assaltada eu sentir que estaríamos interligados de alguma forma para sempre, e quase que instantaneamente você conquistou o meu coração, e uma parte de você está dentro de mim para sempre.

Maria Clara – Você salvou a minha vida e depois disso eu não me imagino sem você, eu fico pensando em você 24 horas por dia, que bom que você está de volta para mim, esses dias que você passou longe foram uma tortura meu amor.

Victor – Eu prometo que nunca mais iremos ficar tanto tempo separados.

Maria Clara – Eu te amo muito.

Victor – Também te amo. – Victor se aproxima de Maria Clara e os dois se beijam.

Maria Clara – Me conta o que você descobriu da sua família?

Victor – Descobrir que tenho uma tia chamada Jaiana, que meu pai não quis saber de mim e a abandonou a minha mãe antes de nascer, e que a minha mãe morreu após eu nascer.

Maria Clara (Chocada) – Ah, meu amor eu sinto muito, imagino que você tenha ficado muito triste.

Victor – Não vamos falar neste assunto, o importante é que eu descobrir as minhas origens, agora vamos falar de nós.

Maria Clara – Nosso escritório já está pronto, ficou uma maravilha, precisamos ir até lá para você ver.

Victor – Eu falei por telefone com o advogado que está encarregado de cuidar de toda parte burocrática, os documentos já estão prontos e já podemos inaugurar.

Maria Clara – Então vamos fazer uma grande festa de inauguração, assim atrairemos muitos clientes. Eu queria falar a respeito de uma pessoa que eu contratei, ele é um ótimo arquiteto estudou comigo e ainda fez um aprimoramento fora do país.

Victor – Que ótimo precisamos de profissionais qualificados, quem é ele?

Maria Clara – Não fica chateado, eu e ele hoje somos apenas amigos, ele se chama Alex Menezes é um ex-namorado dos tempos de faculdade.

Victor – Que bobagem, não vou ficar com ciúmes pois você não está com ele e sim comigo, se ele ainda sentir alguma coisa por você, ele vai sofrer porque vou lhe encher de beijos na frente dele.

Maria Clara (Sorrindo) – Então treina como vão ser esses beijos.

Victor – Com todo prazer. – Victor começa a dar vários beijos em Maria Clara.



Cena 8 – Rio de Janeiro.

UMA SEMANA DEPOIS..

Cena 9 – Rio de Janeiro / Ipanema / Hotel / Recepção / Dia.

Milena é expulsa do Hotel.

Milena – Por favor a chave da suíte presidencial número 03 por favor.

Recepcionista – Senhora Milena Albuquerque?

Milena – Sim eu mesma.

Recepcionista – Sinto muito, mas não poderemos lhe dar as chaves, o seu cartão de crédito foi recusado e não foi possível realizar o pagamento da diária da noite anterior. A senhora teria outro cartão para realizar o pagamento?

Milena (Surpresa) – Este é o meu único cartão, por favor passe novamente deve estar havendo algum engano.

Recepcionista – Já passamos várias vezes e o cartão se encontra recusado, infelizmente a senhora terá que deixar o hotel.

Milena (Grita) – Me dar a chave da minha suíte agora! Isso é um absurdo, você sabe com quem você está falando? Eu sou Milena Albuquerque!

Recepcionista – Senhora…

Milena (Exaltada) – Eu sou uma mulher de classe, é impossível o meu cartão ter sido recusado, eu tenho muito dinheiro nesta conta, e não é possível que tenha se esgotado tão rápido.

Recepcionista – Senhora, aqui está todos os gastos com diária, café, almoço, jantar e outros pedidos especiais feitas pela senhora. – A Recepcionista entrega uma nota com os gatos para Milena.

Milena – Me dar isso aqui! – Milena pega a nota da mão da recepcionista com grosseria e começa a ler.

Milena – Que absurdo uma garrafa de champanhe por R$ 1200,00.

Recepcionista – A senhora havia pedido o mais caro do cardápio.

Milena – E essa água francesa por R$ 288,00.

Recepcionista – Foi pedido 36 garrafas de água francesa, cada uma custando R$ 8,00.

Milena – Esse total da nota é um absurdo, limpou até o último centavo do que eu tinha no banco.

Recepcionista – Eu sinto muito senhora mas vai ter que tirar as suas coisas da suíte e deixa-la imediatamente.

Milena – Ah, você sente muito? Mas eu não vou deixar aquela suíte de forma alguma, eu gastei uma fortuna neste hotel e o mínimo que vocês tem que fazer é me deixar ficar até eu decidir para onde irei.

Recepcionista – Nós não podemos fazer isso senhora.

Milena – Pois eu quero ver quem vai me tirar daqui.

Entrada do Hotel / Rua de Ipanema.

Milena é carregada pra fora do hotel por dois seguranças.

Milena (Grita) – Me solta! Eu sou uma dama, eu sou Milena Albuquerque e vocês me devem respeito. – diz Milena enquanto é carrega por dois seguranças.

Segurança – Senhora este hotel é para pessoas com classe, por favor não faça mais escândalos. – diz o segurança colocando Milena no chão.

Milena – A que ponto eu cheguei, ouvindo um sermão de um segurança, my god tenha piedade de mim. Para onde eu irei?

Cena 10 – Rio de Janeiro / Barra da Tijuca / Mansão de Caíque / Dia.

Caíque recebe uma visita inesperada.

Caíque – Já vai! Já vai! – diz Caíque descendo as escadas da Mansão após ouvir a campainha tocar.

Caíque – Preciso contratar uma empregada urgentemente, eu não nasci para atender portas. – Caíque atende a porta e tem uma surpresa.

Milena (Sorrir) – Olha quem voltou. – diz Milena entrando na Mansão.

Caíque – O que é que você está fazendo aqui? Aquela humilhação que te fiz passar quando lhe expulsei desta casa não foi suficiente.

Milena – Eu lhe perdoou por aqui meu filho, pois eu sou mãe e mãe sempre perdoa.

Caíque – E quem foi que lhe pediu perdão? Não me arrependo de nada do que fiz, agora me diga o que é que você quer aqui?

Milena – Não tenho para onde ir, fiquei hospedada em um hotel todos esses dias e acabei gastando todo dinheiro que havia me sobrado, preciso de um lugar para ficar.

Caíque – E veio me pedir para ficar aqui?

Milena – Sim, tenho certeza que você não vai deixar a sua mãe no relento.

Caíque – Com certeza não, estou precisando de uma empregada, lhe dou casa e comida e você me serve aqui nesta casa.

Milena – Isso é um absurdo, eu sou Milena Albuquerque jamais trabalharei de empregada.

Caíque – Ou isso ou a rua, o que você prefere?

Milena – Tudo bem eu aceito.

Caíque – Você também será útil para torturar a vida do Victor, hoje à noite ele está inaugurando o seu escritório de arquitetura, claro que ele não convidou nenhum de nós mas vamos fazer presença na festa.

Milena – Ele me odeia não vai me querer lá, e nem você.

Caíque – Por isso mesmo nós iremos, eu quero fazer da vida dele um inferno. – Caíque sorrir.

Cena 11 – Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura / Noite.

Maria Clara apresenta Victor a seus pais.

Maria Clara – Pai! Mãe! Que bom que vocês vieram.

Felipe (Sorrindo) – Não podíamos deixar de te prestigiar neste dia tão importante, minha filha abriu um escritório de arquitetura.

Soraya – E também viemos conhecer o seu namorado, você fala tanto nele, chegou a hora de nos conhecermos e saber se ele é tudo que você fala.

Maria Clara – Ele é tudo e muito mais, venha vamos procurar o Victor.

Maria Clara, Soraya e Felipe andam pela festa a procura de Victor e o acha conversando com um desconhecido qualquer.

Maria Clara – Meu amor esses são meus pais.

Soraya (Sorrir) – Muito prazer, Soraya Silveira Lontra. – diz Soraya erguendo a mão.

Victor – (Sorrir) – A senhora é ainda mais linda pessoalmente. – Victor beija a mão de Soraya.

Soraya (Sorrindo) – Obrigada, mas por favor não me chame de senhora me faz ficar uns 30 anos mais velha, me chame apenas de Soraya.

Felipe – Prazer rapaz, Felipe Lontra. – Felipe ergue a mão para cumprimentar Victor.

Victor – O prazer é todo meu. – Victor cumprimenta Felipe.

Victor – O senhor é um homem muito importante, admiro bastante a sua carreira política, conheço o seu trabalho de perto e sei que trabalha muito bem pelo seu estado.

Felipe – Obrigado, esse é o meu dever, fazer o possível pelo meu povo, e também não precisa me chamar de senhor me chame de você. E então já tem clientes para o escritório?

Victor – Ainda não, inauguramos hoje e abriremos amanhã, espero que amanhã mesmo já surja um cliente.

Felipe – Pois vai surgir um hoje mesmo, eu serei o primeiro cliente de vocês.

Maria Clara – Pai não precisa fazer isso, iremos fazer sucesso sem a sua ajuda.

Felipe – Eu não estou ajudando vocês, estou contratando o serviço de vocês, confio no trabalho dos dois, irei passar algumas obras para este escritório, eu sou governador da Bahia e posso fazer isso.

Victor – Será uma grande oportunidade para o escritório, pegar um trabalho tão grande e logo no começo.

Felipe – Então vamos brindar ao primeiro cliente de vocês.

Um garçom passa com uma bandeja e todos pegam uma taça de champanhe.

Felipe – Ao sucesso do escritório de arquitetura. – diz Felipe propondo um brinde, todos brindam.

Soraya – Ao futuro casamento da Maria Clara com o Victor. – diz Soraya propondo um brinde, todos brindam.

Victor – Já que meu sogro foi nosso primeiro cliente, vamos fazer um brinde para sua felicidade. Um brinde a felicidade de Felipe Lontra. – diz Victor propondo um brinde, todos brindam.

Victor (Sorrir) – Você vai ter tudo que sempre mereceu.

Congelamento em Victor sorrindo.

Fim do capítulo.


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