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Feridas do Passado | Capítulo 17


De Wesley Franco


“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.


Cena 1 – Continuação imediata da cena final do capítulo anterior.

Felipe – Ao sucesso do escritório de arquitetura. – diz Felipe propondo um brinde, todos brindam.

Soraya – Ao futuro casamento da Maria Clara com o Victor. – diz Soraya propondo um brinde, todos brindam.

Victor – Já que meu sogro foi nosso primeiro cliente, vamos fazer um brinde para sua felicidade. Um brinde a felicidade de Felipe Lontra. – diz Victor propondo um brinde, todos brindam.

Victor (Sorrir) – Você vai ter tudo que sempre mereceu.

Caíque e Milena chegam e veem o brinde.

Caíque – Mas que lindo, uma nova família reunida, será que a família do Victor também pode brindar?

Victor – O que vocês estão fazendo aqui?

Milena – Somos a sua família Victor, aceite você ou não, eu continuo sendo a sua mãe e o Caíque seu irmão.

Victor – Vocês não foram convidados, sendo assim não deveriam estar nesta festa.

Soraya – Se ela é sua mãe e ele é seu irmão, acredito que não precisem de convite.

Maria Clara – Mãe, não se mete nesse assunto a senhora não sabe da história.

Caíque – Você deve ter esquecido de nos enviar o convite, mas aceitamos as suas desculpas, você estava muito ocupado fuçando o passado, já descobriu quem é a sua família verdadeira?

Victor (Exaltado) – Cale a boca! Não fale mais nada, você não tem o direito de tocar neste assunto.

Maria Clara – Calma meu amor, não vamos discutir aqui na inauguração, isso vai chamar atenção dos convidados e da imprensa e não vai causar uma boa imagem.

Victor – Se retirem daqui imediatamente, ou vou pedi para que os seguranças os joguem daqui pra fora como cachorros sarnentos.

Milena – Você não nós devia tratar assim, principalmente a mim que nunca lhe faltei com amor, lhe dei todo amor e carinho do mundo e não merecia ser tratada assim.

Victor – Vamos conversar em outro lugar, aqui não é apropriado, venham. – diz Victor indo em direção a uma sala reservada.

Caíque – Com licença foi um prazer conhece-los mesmo sem ter sidos apresentados. – Caíque e Milena seguem Victor.

Soraya – O que é que está acontecendo aqui? Pode me explicar.

Maria Clara – Esse é o irmão e mãe do Victor mas não de sangue, o Victor foi sequestrado quando era um bebê e trazido para os braços desta mulher que o criou como filho, causando inveja no irmão.

Felipe (Surpreso) – Sequestrado? Mas que tipo de família é essa.

Maria Clara – Ele descobriu tudo através de uma carta que o pai que o criou deixou para ele antes de morrer, nesta carta contava toda sua história, ele voltou até a cidade onde nasceu e descobriu que seu pai abandonou a mãe grávida e a mãe acabou morrendo na hora do parto.

Soraya – Acho que já vi essa história em algum lugar. – Soraya olha para Felipe que está espantado com a semelhança da história.

Cena 2 – Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura / Sala de Victor / Noite.

Victor – discute com Caíque e Milena.

Victor – É muita cara de pau vocês terem vindo até aqui.

Caíque – Não vejo problemas, nós somos uma família, você é um Albuquerque, não no sangue mas no nome.

Milena – Meu filho você não pode nos odiar para sempre, somos a sua família, eu sei que eu errei no passado mas você não entende os meus motivos.

Victor – Que motivos levam uma pessoa a sequestrar uma criança? Você me tirou dos braços da minha mãe.

Milena – Eu queria ter um filho! O Caíque nasceu com problemas respiratórios e entrou em coma assim que nasceu, e foram longos meses sem eu puder nem sequer segura-lo nos braços, eu sentir uma grande necessidade de ser mãe e por isso eu lhe comprei na mão de uma enfermeira, me perdoa.

Victor – Isso não justifica o que você fez, se eu pudesse eu lhe botava na cadeia para você pagar pelo que fez. Agora saiam daqui antes que eu perca a minha paciência.

Caíque – Você não vai se livrar de nos assim tão fácil, eu já começo a acreditar que minha missão neste mundo é atormentar a sua vida, e irei fazer isso de maneira brilhante.

Milena – Vamos Caíque, não temos mais nada que fazer aqui.

Caíque (Sorrir) – Até logo irmãozinho, isso foi só o começo. – Caíque e Milena deixam a sala e vão embora da festa.

Victor – Malditos! – Victor pega uns cadernos que estão em cima da mesa e joga na porta.

Cena 3 – Rio de Janeiro / Clínica Médica / Dia.

Glória é consultada por um médico.

Raul – E então doutor, chegou a algum diagnóstico?

Médico – Eu só fiz alguns testes de atenção e concentração que não foram suficientes para chegar a algum diagnóstico.

Raul – E o que você vai fazer para chegar a uma conclusão?

Médico – Irei passar uns exames laboratoriais, uma tomografia, uma ressonância magnética, um SPECT e um PET.

Glória – São muitos exames, e para chegar a lugar nenhum, eu já disse ao Raul que eu não tenho nada, estou ótima doutor.

Médico – Iremos saber se está bem com os resultados do exame, por faça o mais rápido possível e voltem aqui com os resultados.

Raul – Se conseguirmos marcar os exames, voltaremos ainda essa semana.

Médico – Senhora Glória, preste bem atenção agora, irei lhe dizer três palavras a senhora vai me repetir hoje e quando voltar com os resultados do exame irá repetir novamente, ok?

Glória – Sim doutor.

Médico – Vamos lá, as palavras são – Chave, Carro e Mesa.

Glória – Chave, Carro e Mesa.

Médico – Muito bem, na nossa próxima consulta quero que me repita as mesmas palavras, não se esqueça.

Cena 4 – Salvador / Escola / Quadra / Dia.

Joseph sofre rejeição dos amigos após todos saberem que ele brinca com Maitê.

Joseph – Posso jogar também? – diz Joseph se aproximando de um grupo de garotos que estão se preparando para jogar bola.

Calebe – Sai fora!

Daniel – Você deve estar contaminado com a doença daquela menina.

Luan – Aidético! Bichinha!

Todos Gritam – Bichinha! Aidético! Contaminado! Bichinha! Contaminado! Sangue ruim!

Joseph – Vocês não sabem do que estão falando, ela é uma boa pessoa, ela é uma ótima pessoa.

Calebe – Eu já disse para você sair daqui. – Calebe empurra Joseph no chão.

Calebe – Se você voltar aqui de novo sua bichinha nós vamos quebrar a sua cara.

Cena 5. Rio de Janeiro / Barra da Tijuca / Mansão de Caíque / Sala de Jantar / Dia.

Milena e Caíque conversam sobre Victor.

Caíque – Mais leite.

Milena – Está bom? – diz Milena colocando leite na xícara de café de Caíque.

Caíque – Ótimo, agora sim pode se sentar à mesa.

Milena – Não me conformo da forma que o Victor em tratou ontem na festa, ele disse que se pudesse me colocava na cadeia. – diz Milena se sentando na mesa junto com Caíque para tomar café da manhã.

Caíque – E ele tem toda razão, você merece mesmo ir para cadeia.

Milena – Você está do meu lado ou do lado dele?

Caíque – Estou em cima do muro pois meu objetivo é ver os dois destruídos, mas como não posso ter as duas coisas ao mesmo tempo, prefiro começar pelo Victor.

Milena – Cansei de ficar correndo atrás dele, se ele não me quer como mãe ele vai me ter como inimiga.

Caíque – É assim que se fala, estou gostando de ver, se continuar pensando desta maneira posso até pensar em te deixar morando para sempre aqui. Eu tenho planos para destruir o Victor, eu quero fazer da vida dele um verdadeiro inferno.

Milena – Você já sabe como fazer isso?

Caíque – Quero mexer nas feridas do passado dele, e você tem que me ajudar, preciso saber quem é a mãe, o pai, alguns parentes de sangue dele.

Milena – Isso vai ser um pouco difícil.

Caíque – Mas não é impossível, vamos viajar até o lugar onde ele nasceu e descobrir tudo, com certeza iremos achar algo que vai nos ajudar a acabar com ele.

Cena 6. Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Diego / Quartinho dos Fundos / Tarde.

Carol fala com a filha ao telefone.

Diego – Vim trazer seu almoço e um telefone para você ligar para a Arlete e dizer que está tudo bem, porque ela não para de ligar e pode desconfiar se você não atender.

Carol – Eu não vou falar com a Arlete, eu não quero comer nada, já faz dias que estou presa neste quarto, me tira daqui Diego, esse lugar é horrível.

Diego – Eu não estou pedindo para você ligar para a Arlete, eu estou mandando. – Diego dar um tapa na cara de Carol.

Diego (Grita) – Pega esse telefone e liga para ela agora! – Diego dar outro tapa na cara de Carol.

Carol (Chorando) – Está bem eu vou ligar. – Carol pega o celular da mão de Diego e começa a fazer a ligação.

Diego – Engole o choro e fala direito, porque se ela desconfiar de alguma coisa eu mato as duas, está me entendendo? As duas!

Carol – Filha? Sou eu a mãe. – Carol fala ao telefone.

Sede do Governo

Arlete – Mãe? Onde você está? Você sumiu mãe, a dias que eu ligo para seu celular e ninguém atende, fiquei muito preocupada.

Quartinho dos Fundos

Carol – Eu estou aqui em casa como sempre filha, estou bem com saúde, cuidando do seu pai e ainda triste pela perca tão sofrida dos meus pais, mas estou tentando superar.

Sede do Governo

Arlete – Mãe, larga o pai e vem morar comigo aqui, você vai ter uma vida nova longe de todo esse sofrimento, vem mãe, agora que a vovó e o vovô morreram nada mais lhe prende ai.

Quartinho dos Fundos

Carol – Eu não posso filha, ele é meu marido e eu tenho que ficar com ele até o fim.

Diego faz sinal para que Carol desligue o telefone.

Carol – Agora tenho que desligar, tem muitas coisas que precisam ser feitas aqui, abraço.

Diego – Muito bem, fez um ótimo trabalho. – Diego pega o celular da mão de Carol.

Diego – Agora come sua comida para ficar bem forte.

Carol – Quando é que você vai me tirar daqui?

Diego – Amanhã, mas só para cozinhar para mim e depois você volta para cá.

Carol (Grita) – Você é um monstro Diego, um monstro!



Cena 7 – Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura /Sala de Victor / Dia.

Maria Clara, Felipe e Victor conversam sobre as futuras obras do governo.

Maria Clara – Meu amor, meu pai acaba de chegar. – diz Maria Clara entrando na sala acompanhada de Felipe.

Felipe (Sorridente) – Bom dia meu genro.

Victor (Sorrir) – Bom dia. – Victor cumprimenta Felipe com a mão.

Victor – Sente-se por favor, vamos conversar mais sobre os nossos negócios.

Felipe – Vamos sim, tenho certeza que esse escritório irá fazer um ótimo trabalho. – diz Felipe se sentando.

Maria Clara – Vou deixar vocês a sós, vocês se resolvem sobre esse assunto. – diz Maria Clara saindo da sala.

Felipe – Eu já tenho empresas que cuidam das obras que serão realizadas no Estado, mas como nenhuma delas foi envolvida com campanhas políticas, posso muito bem troca-las e colocar o seu escritório para cuidar das obras.

Victor – Será uma honra, e vai nos ajudar bastante, somos um escritório novo e ainda não temos muito clientes, realizando um bom trabalho com as obras do governo do seu estado, a nossa imagem vai ficar muito bem diante do mercado.

Felipe – Você vai ter que viajar comigo para Bahia, para que possamos assinar o contrato lá, mas antes eu preciso saber se você é um homem de confiança.

Victor – Como assim?

Felipe – Vamos ser sinceros um com o outro, estamos lidando com política e as coisas não funcionam de maneira normal, funcionam de maneira política, você me entende não é?

Victor – Acho que estou entendendo.

Felipe – A minha filha é muito certinha, é melhor não envolve-la nesses assuntos, deixar ela afastada dos nossos negócios é o melhor a se fazer, ela não ia concordar com muitas coisas.

Victor – Se você prefere assim, a Maria Clara não será envolvida nos nossos assuntos.

Felipe – Viaje comigo amanhã para a Bahia para assinarmos o contrato e vamos ter uma conversa sobre como de fato as obras devem ser seguidas, tudo bem?

Victor – Tudo sim, viajamos amanhã.

Felipe – Bom, tenho que ir vou almoçar com um grupo de investidores que deseja investir no estado. – diz Felipe se levantando.

Victor – Foi um prazer negociar com você. – Victor cumprimenta Felipe.

Felipe – Amanhã saberemos se vamos ou não fechar o negócio, basta você aceitar as condições. – Felipe cumprimenta Victor e sai da sala.

Victor (Sorrir) – É muito bom para ser verdade, então ele é um político desonesto, com certeza amanhã ele vai impor condições ilegais para superfaturar as obras, tenho um escritório de arquitetura de confiança cuidando de tudo vai ser muito mais fácil, ele sabe jogar bem, mas eu sei jogar melhor ainda, acabar com a carreira e a vida dele vai ser mais fácil do que arrancar doce de criança.

Victor – Vou começar a minha vingança, acabando com a família que ele formou, mas não posso prejudicar a Maria Clara porque eu a amo, mas eu vou acabar com o casamento do Felipe com a Soraya, foi por ela que ele trocou a minha mãe, e eu já sei como destruir este casamento.

Victor – A Maria Clara não é filha do Felipe, a Soraya deve ter se envolvido com outro homem, e se ela foi infiel no passado ela deve continuar infiel. Ah isso vai ser divertidíssimo.

Cena 8 – Rio de Janeiro / Leblon / Apartamento de Maria Clara / Quarto do Casal / Noite.

Maria Clara alerta Victor sobre seu pai.

Maria Clara – Já está arrumando as malas para viagem de amanhã meu amor?

Victor – Estou sim, o jatinho do seu pai sai as 09h00 da manhã, já quero deixar tudo pronto. – diz Victor dobrando as roupas para colocar na mala.

Maria Clara – Você tem certeza que não precisa que eu vá junto com você?

Victor – Tenho sim, seu pai vai ser meu futuro sogro, precisamos nos aproximar melhor, e além do mais, vamos resolver só mais alguns detalhes para fecharmos o contrato entre nosso escritório e o governo dele.

Maria Clara (Preocupada) – Tudo bem então.

Victor – Aconteceu alguma coisa? Você está com um semblante de preocupada.

Maria Clara – Preciso lhe alertar em relação a meu pai, não gosto de falar nesse assunto, mas é preciso para o seu próprio bem.

Victor – Me alertar?

Maria Clara – Sim, meu pai não é um político honesto, eu convivi com ele a minha vida inteira e sei do que estou falando, ele aprendeu tudo que sabe de política através do meu avô que também não foi nada honesto, meu pai usa manhas e artimanhas para consegui tudo que quer, ele joga sujo na política, todas as obras que o governo dele faz tem algo podre por baixo. Estou lhe dizendo isso para lhe deixar em alerta, para se caso ele queira lhe oferecer algo errado, não aceite meu amor, não quero lhe ver envolvido nessa banda podre que meu pai segue.

Victor – Entendo a sua preocupação meu amor, mas não se preocupe, eu jamais faria algo ilícito, eu sou um homem dentro da lei, se seu pai oferecer coisas erradas para fecharmos o contrato, eu cancelo tudo e volto imediatamente pro Rio.

Maria Clara – Eu confio em você e sei que não faria nada de errado, mas eu precisava lhe alertar sobre isso.

Victor – Tudo bem, agora me ajuda a terminar de arrumar a mala.

Maria Clara – Te amo! – diz Maria Clara beijando Victor.

Cena 9 – Salvador / Vila de classe média / Casa de Maitê / Dia Nublado.

Joseph chama Maitê para brincar de bicicleta.

Joseph (Grita) – Maitê! Maitê! Maitê!

Otávio e Maitê abrem a porta da casa para atender Joseph.

Maitê – Oi Joseph, você veio cedo hoje.

Otávio – Não foi a escola hoje Joseph?

Joseph – É que …. (Pensativo) …. Hoje não teve aula, teve uma reunião …. (Pensativo) Com os …. Professores. E a Maitê quando volta pra escola?

Otávio – A parti do segundo semestre ela já volta para escola.

Maitê (Sorrir) – Vamos poder ir para escola juntos, todos os dias.

Joseph – É sim, vou passar aqui todas as manhãs para lhe buscar.

Otávio – Vamos entre Joseph, vou preparar um lanche para vocês.

Joseph – Não é que eu vim chamar a Maitê para andar de bicicleta, ela pode?

Maitê – Posso pai?

Otávio – Mas é claro que pode, vai lá pegar a sua bicicleta e não demora para não deixar o Joseph esperando.

Maitê – Eu não demoro. – diz Maitê correndo para dentro para ir pegar sua bicicleta.

Otávio – Está tudo bem com você Joseph? Você me parece um pouco estranho.

Joseph – Está tudo bem sim.

Otávio – Quero que saiba que sou seu amigo, se você estiver com algum problema pode vim me procurar que eu vou fazer de tudo para te ajudar.

Maitê – Pronto, voltei! – diz Maitê saindo com a bicicleta.

Otávio – Cuidado com os carros e voltem antes que comece essa tempestade que está por vim.

Joseph – Pode deixar, eu vou cuidar bem dela. – diz Joseph saindo com a bicicleta.

Joseph e Maitê se divertem pedalando de bicicleta pela vila.

Cena 10 – Jatinho do Governador / Sobrevoando algum lugar do Brasil / Forte Tempestade.

O mal tempo dificulta a chegada de Victor, Felipe e Soraya em Salvador.

Comandante – Torre de Salvador, responda câmbio. Posição da aeronave de pré-fixo PW-770, responda câmbio. – diz comandante tentando se comunicar com o rádio.

Comandante – Perdemos o rádio e a tempestade alcançou o avião.

Felipe – Quanto tempo mais de voo comandante?

Comandante – Uns 30 minutos no máximo, até chegarmos a Salvador, mas a gente está sem visão nenhuma para posar, talvez tenhamos que posar em uma cidade próxima, mas o único aeroporto próximo a pista está em reformas e não podemos posar.

Soraya – Em obras, está vendo ai Felipe se você tivesse fazendo uma boa gestão no seu governo, todos os aeroportos do estado estariam em boas condições, agora precisamos de um deles e está em obras.

Victor – É comum tempestades desse tipo no estado?

Felipe – Não, não, muito pelo contrário em boa parte do ano é só sol, mas quando vem o tempo de chuva, vem com tudo.

Victor – São essas mudanças climáticas, mas não vamos nos preocupar o comandante terá uma visão melhor e conseguiremos posar em Salvador.

Comandante – Está tudo bem ai atrás?

Felipe – Por enquanto sim.

Comandante – Não temos como prosseguir voo, a visibilidade é quase zero, estamos voando praticamente às cegas, vamos voltar e tentar posar em um estado próximo onde o clima esteja melhor.

Soraya – Ah meu Deus.

Comandante – A tempestade encurralou o avião.

Victor (Assustado) – Como assim?

Comandante – Nós estamos bem no olho do furacão.

Felipe – Acho melhor começarmos a rezar.

Soraya (Alterada) – A culpa de tudo isso é sua Felipe! Se acontecer alguma coisa com todos nós a culpa é toda sua! Seu irresponsável.

Felipe (Tenso) – E ai comandante está tudo bem?

Comandante – Estamos fazendo o possível.

Victor – Vai ficar tudo bem vai ficar tudo bem, eu não posso morrer agora.

Soraya – Nenhum de nós podemos! A culpa é deste miserável que não tratou de cuidar das obras dos aeroportos.

Felipe (Grita) – Cala a boca Soraya! Cala a boca!

Victor – Vamos manter a culpa, vai dar tudo certo, vamos rezar e pedir a Deus proteção.

Soraya – Que Deus? Não fale bobagem, se Deus realmente servisse para alguma coisa não estaríamos aqui agora.

Comandante – Não vai dar, não vai dar.

Felipe – Não vai dar o que?

Victor – Do que vocês estão falando?

Comandante – O avião não tem potência suficiente para continuar a viagem, não temos como voltar.

Felipe (Desesperado) – O que a gente faz capitão?

Comandante – Apertem os cintos! Irei fazer um pouso forçado.

Victor (Desesperado) – Que Deus nos proteja.

Soraya – E o diabo nós guarde.

Felipe (Alterado) – Cala essa sua boca! – Felipe dar um tapa na cara de Soraya.

Comandante (Grita) – Apertem os cintos!

Victor (Grita desesperado) – DEEUUUS!

Congelamento no rosto desesperado de Victor.

Fim do capítulo.

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