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Feridas do Passado | Capítulo 23


De Wesley Franco


Ú L T I M A S S E M A N A S


“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.


Cena 1. Rio de Janeiro / Copacabana / Apartamento de Glória e Raul / Sala de Estar / Tarde.

Raul está sentado em sua poltrona lendo Jornal, enquanto Glória resolve sair.

Raul – Essa divisão do Reino Unido em ficar ou não na União Europeia ainda vai causar muitos conflitos internos e com toda certeza vai abalar a sua economia. – diz Raul enquanto ler o Jornal.

Glória entra na sala e vai para frente do espelho passa protetor solar no rosto.

Raul – Vai sair meu amor?

Glória – Vou dar uma volta no shopping.

Raul – Quer que eu vá com você?

Glória – Não precisa Raul, eu irei demorar bastante, você sabe que eu adoro passear no shopping, olhar as vitrines e quem saber comprar uns sapatinhos novos.

Raul – Tudo bem, mas não demora.

Glória – Não irei demorar. – Glória pega sua bolsa, dar um beijo em Raul e sai.

Cena 2. Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura / Sala de Alex / Tarde.

Milena pede que Alex assine papeis de autorização.

Milena – Com licença. – diz Milena entrando na sala de Alex.

Alex – Pode entrar Milena, tá precisando de alguma coisa? Está com dúvida em algo? – diz Alex enquanto desenha um projeto.

Milena – Já acertei o contrato do mês com os fornecedores das necessidades materiais básicas do escritório, esse mês eles realizam um aumento em alguns materiais o que acabo acarretando um gasto maior para nós, aqui está o contrato para o senhor assinar. – diz Milena colocando o contrato na mesa.

Alex – Eu já esperava que houvesse um aumento, as coisas nesse país sobem de preço muito rápido.

Milena – É verdade, as contas de energia também já chegaram e o valor não foi nada alto, eu a anexei junto com os outros valores da folha de pagamento mensal.

Alex – Você está fazendo um excelente trabalho.

Milena (Sorrir) – Obrigada.

Alex – Não tenho poderes para assinar o contrato, a Maria Clara e o Victor não me deixaram uma procuração me dando esse poder, mas o Victor chega essa semana e ele mesmo assina.

Milena – Sem problemas, temos um prazo até o fim da semana para entregar o contrato com os fornecedores. Com licença, vou terminar o meu trabalho. – Milena sai.

Cena 3. Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura / Sala de Milena / Tarde.

Milena fala com Caíque ao telefone.

Milena – Filho… deu tudo certo! Os fornecedores aceitaram aumentar os preços dos produtos para em seguida repassar novamente para mim.

Milena – Vários produtos superfaturados, borrachas, pranchetas, lápis… e muitos outros, o contrato já está pronto e entreguei ao Alex, assim que a Maria Clara ou o Victor voltarem eles vão assinar.

Corta Para

Rio de Janeiro / Barra da Tijuca / Mansão de Caíque / Sala de Estar / Tarde.

Caíque – E por que essa demora do Victor e da Maria Clara na Bahia? O que está acontecendo lá de tão importante?

Corta Para

Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura / Sala de Milena / Tarde.

Milena – Segundo o Alex, eles estão resolvendo os projetos das obras que serão realizadas por lá.

Corta Para

Rio de Janeiro / Barra da Tijuca / Mansão de Caíque / Sala de Estar / Tarde.

Caíque – Não sei se é só isso, sinto que tem alguma coisa a mais.

Corta Para

Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura / Sala de Milena / Tarde.

Milena – Se tiver alguma coisa, eu irei descobrir.



Cena 4. Ilha de Itaparica / Matagal / Tarde.

Joseph e Maitê armam uma barraca para passarem a noite.

Joseph – Esse lugar aqui é perfeito, a vegetação não é muito alta e aqui não tem como ninguém nos incomodar.

Maitê (Assustada) – Será que aqui tem cobra?

Joseph – Pode até ter, mas vamos fazer uma fogueira para espantar qualquer animal, não se preocupa Maitê, lembre-se que estou aqui para te proteger.

Maitê (Sorrir) – Eu confio em você.

Joseph – Vamos armar a barraca que logo, logo o sol vai se pôr e vai anoitecer.

Cena 5. Pôr do Sol na Ilha de Itaparica / Rio de Janeiro.

Cena 6. Salvador / Praia do Farol da Barra / Pôr do Sol.

Maria Clara e Victor se beijam na areia.

Victor – Amanhã eu viajo, vou morrer de saudades de você.

Maria Clara – Já, já vamos ficar juntos e não vamos nos separar mais.

Victor – Te amo. – Victor beija Maria Clara e os dois caiem na areia.

Maria Clara – Também te amo seu louco. – Maria Clara e Victor se beijam caídos na areia.

Victor – Vamos tomar banho de mar. – Victor puxa Maria Clara e os dois correm para o mar.

Victor e Maria Clara pulam ondas e se jogam na água. Os dois saem da água molhados e caminham de mãos dadas pela areia, ao fundo o pôr do sol.

Cena 7. Rio de Janeiro / Copacabana / Apartamento de Glória e Raul / Sala de Estar / Dia.

A família Menezes se desespera com o novo sumiço de Glória.

Alex – Vim o mais rápido que pude, alguma notícia? – diz Alex entrando no apartamento.

Wolf – Nenhuma meu filho.

Raul – Ela disse que ia passear no shopping e talvez comprar alguma coisa, e até agora não voltou.

Alex – Vocês já foram procurar no shopping?

Marília – Sim, eu e seu pai antes de virmos para cá passamos nos dois shoppings que a Glória costuma frequentar e não a encontramos.

Alex – Ela está doente, deve ter esquecido como volta para casa, temos que acionar a polícia.

Marília – A polícia neste país orienta que espere 24 horas para aciona-los, ir a delegacia agora seria perca de tempo.

Wolf – A sua mãe está certa, vamos ter que esperar as 24 horas.

Alex – 24 horas é tempo demais, a vovó pode ter sofrido uma crise e está perambulando pela cidade, e o Rio de Janeiro não é a melhor cidade do mundo para se andar durante a noite.

Raul – Essa cidade é um perigo de dia, a noite é um terror. Ah meu Deus proteja a minha Glória.

Alex – O que não podemos é ficar parados aqui esperando, vamos nos dividir. O papai vai para Zona Oeste, a mamãe vai procurar na Zona Norte, o Vô procura pela zona Sul, e eu vou para o Centro.

Wolf – Nos comunicamos pelo celular, vamos rápido.

Cena 8. Salvador / Palácio do Governo / Quarto de Soraya / Noite.

Soraya questiona Victor sobre seu real interesse.

Soraya – Você me deu a ideia de me fingir de invalida para impedir que o Felipe se separasse de mim, mas não adiantou de nada, porque ele continua com a ideia de se separar e eu tendo de ficar aqui no quarto presa sem poder fazer nada.

Victor – O Felipe não agiu da forma como eu pensava, mas vou tentar convencê-lo a mudar de ideia, não ia ser muito bom para imagem política dele abandonar uma esposa invalida.

Soraya – Eu ainda não entendi qual é o seu interesse nessa história.

Victor – Nenhum, apenas quero ajudar você.

Soraya – Você acha que eu sou boba Victor? Por que esse interesse de me ajudar? O que você quer?

Victor – Saber a verdade!

Soraya – Que verdade?

Victor – A Maria Clara não é filha do Felipe, eu quero saber quem é o verdadeiro pai da minha futura esposa.

Soraya (Assustada) – Do que você está falando? É claro que a Maria Clara é filha do Felipe.

Victor – Você e eu sabemos que não.

Soraya – Você está blefando, falando besteiras.

Victor – Tudo bem se você não quer falar é um direito seu, mas irei conversar sobre isso com a Maria Clara, ela tem o direito de saber quem é o pai dela.

Soraya – É o Henrique! Melhor amigo do Felipe, eu e ele tivermos um caso antes de me casar com o Felipe, a Maria Clara é filha dele e você não pode contar isso para ninguém.

Victor – Era tudo que eu precisava saber.

Soraya – O que você quer? Quem é você? Como descobriu isso?

Victor (Sorrir) – Em breve você saberá quem sou eu. – Victor sai do quarto.

Cena 9. Salvador / Delegacia de Polícia / Noite.

Lorena passa mal na delegacia.

Otávio – Alguma notícia delegado?

Delegado – Nenhuma, ninguém viu essas crianças.

Lorena – Duas crianças não podem ter ido muito longe, vocês tem que procurar direito.

Delegado – Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance, as buscas por hoje já foram encerradas, é melhor vocês irem para casa e amanhã retornamos as buscas.

Lorena (Grita) – Ir para casa? O meu filho está sumido e você quer que eu vá para casa.

Otávio – Não adianta gritar Lorena, vamos rezar que os nossos filhos irão voltar para casa.

Lorena – Rezar? Rezar para que? Se Deus realmente existisse isso não estaria acontecendo.

Otávio – Não fala isso nem de brincadeira Lorena.

Lorena – Cala a boca! A culpa de tudo isso é da sua filha, aquela miserável, aidética maldita.

Otávio (Grita) – Não fala assim da minha filha!

Lorena – Eu falo da maneira que eu quiser. – Lorena sente uma forte dor na cabeça e desmaia.

Otávio (Assustado) – Lorena! – Otávio se ajoelha ao lado de Lorena desmaiada.

Otávio (Grita) – Alguém chama um médico ela está desmaiada.

Congelamento em Lorena desmaiada e em Otávio ajoelhado ao seu lado.

Fim do capítulo.

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