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Feridas do Passado | Capítulo 25


De Wesley Franco


Ú L T I M A S S E M A N A S


“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.


Cena 1. Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Diego / Sala de Estar / Noite.

A polícia chega na casa de Diego.

Diego – Quem é? – diz Diego após ouvir alguém bater na porta.

Policial – É a polícia temos um mandato de busca aqui na sua casa, abra! – diz o Policial do outro lado da porta.

Diego (Assustado) – Polícia? – Diego corre para seu quarto.

Quarto de Diego.

Diego abre uma das gavetas e debaixo de roupas de cama ele pega uma arma e corre para o quartinho dos fundos atrás de Carol.

Exterior da Casa

Policial (Grita) – Abra a porta ou iremos arrombar.

Policial – Eu avisei! Podem derrubar.

Dois outros policiais arrombam a porta da Casa e entro.

Policial – Vasculhem tudo e ache-o.

Quartinho dos fundos

Diego mantém Carol refém.

Diego – A sua filhinha me denunciou para a polícia, mas eu não vou preso sem antes te matar. – Diego pega Carol pelo pescoço a segurando e apontando a arma para sua cabeça.

Carol (Desesperada) – Não faz nada comigo por favor Diego, não faz nada comigo.

Diego – Para cadeia eu não vou, está me ouvindo? Eu não vou para cadeia.

Carol – Ninguém vai te prender, vai ficar tudo bem, eu vou dizer que tudo não passou de um mal entendido.

Diego (Grita); Eu não confio em você! Você é uma traidora, uma traidora.

Cena 2. Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Entrada da Casa de Diego / Noite.

Arlete e Felipe chegam até a casa de Diego.

Felipe – E então cadê eles?

Arlete – A minha mãe está bem?

Policial – O seu pai fugiu e não sabemos por onde, vasculhamos a casa inteira e não encontramos nada.

Arlete – No fundo da casa tem um armário, atrás desse armário tem uma porta e atrás dessa porta tem um quartinho onde a gente guardava coisas velhas, ele pode estar lá.

Policial – Iremos procurar agora mesmo.

Arlete – Ai meu Deus, quando é que esse pesadelo vai acabar?

Felipe – Calma meu amor vai dar tudo certo. – Felipe abraça Arlete.

Cena 3. Salvador / Hospital Geral / Quarto Nº 202 / Noite.

Lorena sofre ao descobrir que tem pouco tempo de vida.

Lorena – E então Otávio, a polícia deu alguma notícia do meu filho?

Otávio – Nenhuma notícia dos nossos filhos.

Lorena – Da sua filha pouco me importa, eu queria mesmo é que ela morresse, aquela menina é uma miserável, é por causa dela que eu estou aqui, é por causa dela que tudo isso está acontecendo.

Médico – Lorena…Precisamos conversar.

Lorena – Conversar o que?

Médico – Realizamos uns exames e acabamos descobrindo que você tem um tumor cerebral inoperável, só lhe restam alguns meses de vida.

Lorena (Assustada) – Um tumor? Mas eu achei que eu só havia desmaiado porque não estava me alimentando direito.

Médico – Eu sinto muito mas não a nada que possamos fazer diante dessa situação.

Lorena – Quantos meses ainda me restam?

Médico – 2,4 ou 6, isso vai depender da forma como o tumor vai progredir, sinto muito.

Lorena (Grita) – Me deixa sozinha, quero ficar sozinha!

Médico – Como você preferir. – O médico sai.

Lorena chora bastante após a notícia do médico. Otávio entra.

Lorena – Veio rir de mim? Agora que sabe que também estou doente.

Otávio – Não, eu vim aqui lhe dar apoio que não tive quando eu descobrir que a minha filha havia contraído a AIDS.

Lorena (Chora) – A minha vida acabou, nada faz sentido, o meu filho vai ficar sozinho no mundo e eu sofro com isso.

Otávio – Apesar de você não querer, eu vou estar aqui para lhe dar todo o apoio que você precisar.

Lorena – Não posso acreditar que depois de tudo que lhe fiz, você queira me ajudar.

Otávio – Sim eu quero.

Lorena (Grita) – Eu não preciso da sua ajuda! Saia daqui! Saia daqui.

Otávio sai da Sala e Lorena chora bastante.

Cena 4. Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Diego / Quartinho dos fundos / Noite.

Diego é cercado pela polícia.

Diego – Fica quieta que ninguém vai nos encontrar aqui. – diz Diego segurando Carol pelo pescoço e apontando a arma para ela.

Exterior Quartinho dos Fundos

Policial (Grita) – Atenção Diego você está cercado, se entregue para o seu próprio bem.

Quartinho dos Fundos

Diego (Grita desesperado) – Eu não vou me entregar, se vocês entrarem vou matá-la.

Carol (Chora) – Socorro! Não deixa ele me matar.

Exterior Quartinho dos Fundos

Policial – Você não pode ficar preso ai a vida toda, uma hora vai ter que sair.

Quartinho dos Fundos

Diego – Eu quero um carro, arranjem um carro para eu sair daqui, se vocês me arranjarem um carro eu entrego ela.

Exterior Quartinho dos Fundos

Policial – Tudo bem nós vamos arranjar um carro para você sair daqui, mas mantenha a calma.

Policial – Arranja um carro para ele agora. – diz o policial a outro policial.



Cena 5. Ilha de Itaparica / Matagal / Noite.

Maitê piora e Joseph resolve voltar para casa.

Joseph – Como você está se sentindo?

Maitê – Muito mal, muito mal. – diz Maitê se tremendo.

Joseph – Você está muito quente, deve estar muito doente e precisa de um médico.

Maitê – Como vamos achar um médico aqui nesse lugar?

Joseph – Eu não sei, mas tenho que tentar, o que não posso é ficar parado e deixar você adoecer ainda mais.

Maitê – Já é tarde demais Joseph.

Joseph (Assustado) – Porque?

Maitê – Sinto muita dor ao respirar, e me sinto muito fraca, não consigo me levantar para lugar algum. – Maitê tosse e percebe sangue nas suas mãos.

Joseph – Você tossiu sangue? Oh meu Deus, precisamos achar alguém para nos ajudar. Eu vou procurar alguém e já volto.

Maitê – Não demora, você sabe que eu tenho medo de ficar sozinha.

Joseph – Eu não vou demorar, eu juro. – Joseph corre para buscar ajuda.

Cena 6. Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Casa de Diego / Quartinho dos fundos / Noite.

A tensão na Casa de Diego continua.

Exterior Quartinho dos Fundos

Policial – O carro já está lá fora te esperando Diego, é só você sair.

Quartinho dos Fundos

Diego (Grita) – Se vocês estiverem armando qualquer gracinha, eu vou matá-la! Estão me ouvindo?

Exterior Quartinho dos Fundos

Policial – Pode confiar não vamos fazer nada, você vai sair daqui com toda segurança garantida.

Quartinho dos Fundos

Diego – Nós vamos sair, vou logo avisando que se você tentar alguma coisa Carol, eu juro que lhe meto uma bala no meio da sua cabeça.

Carol (Chora) – Eu não vou tentar nada Diego, mas por favor não faz nada comigo.

Diego – Isso quem vai decidir sou eu. – Diego sai do quarto com Carol como refém e anda até a saída de casa.

Exterior Casa de Diego

Diego – Olha só quem apareceu por aqui, minha filha Arlete e acompanhada de nada mais nada menos que o senhor excelentíssimo governador Felipe Lontra.

Arlete – Pai olha o que você está fazendo, isso é loucura.

Felipe – Senhor Diego liberte a sua esposa e eu garanto que tudo ficará bem.

Diego – A vontade que eu tenho é de estourar a cabeça dela. – Diego esfrega a arma na cabeça de Carol e a deixa desesperada.

Carol (Grita) – Não, Não, Não!

Diego – Mas se eu matar não terei chances de fugir daqui e certamente iria para cadeia, eu vou solta-la mas não aqui.

Arlete – Para onde você vai leva-la?

Diego – Se afastem todos! Eu vou entrar naquele carro e irei deixa-la no meio do caminho, vou logo avisando que se me seguirem eu a mato.

Cena 7. Ilha de Itaparica / Matagal / Noite.

Maitê está deitada e coberta na barraca a espera de Joseph com ajuda para leva-la até o hospital, uma cobra bastante venenosa rasteja pelos arredores da barraca e acaba entrando sem que Maitê perceba, a cobra entra por debaixo dos cobertores e pica Maitê.

Maitê (Grita) – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

Cena 8. Senhor do Bonfim – Interior da Bahia / Estrada / Noite.

Carro de Diego

Diego dirige o carro em alta velocidade enquanto é perseguido pela polícia.

Diego – Eu não vou deixar eles me pegarem, eu não vou para cadeia, não vou.

Carol – Você disse que ia me soltar se eles lhe dessem o carro para você fugir, eles cumpriram com a parte deles e você não.

Diego – Não vou permitir que você vá embora, você vai ficar para sempre ao meu lado.

Carol (Chora) – O que você vai fazer Diego? O que você vai fazer?

Carro da Polícia

Felipe e Arlete estão dentro de um dos carros da polícia que perseguem o carro dirigido por Diego.

Arlete – Ele está em alta velocidade, como vamos conseguir pega-lo?

Felipe – Calma meu amor, vai ficar tudo bem.

Arlete (Chora) – Ele vai fazer uma loucura Felipe, o meu pai está louco.

Carro de Diego

Diego toma uma decisão que choca Carol

Diego – Não tenho saída! Eles não vão parar de nós seguir.

Carol – O que você vai fazer Diego? O que você vai fazer?

Diego (Grita) – Cala a boca, toma esse celular e liga para a Arlete agora. – Diego dar o celular a Carol.

Carro da Polícia

Arlete – É o meu pai me ligando.

Felipe – Atende.

Arlete – Pai? – Arlete atende o celular.

Carro de Diego

Carol – Sou eu filha.

Diego – Coloca no viva voz!

Diego – Sou eu também filha, é papai que está falando e só estamos ligando para você para nós despedirmos.

Carol (Chora) – Eu te amo filha, queiro que saiba que onde que não importa onde eu esteja, eu para sempre estarei olhando e cuidando de você.

Carro da Polícia.

Arlete (Chora) – Pai…por favor não faz isso, por favor não me deixem aqui sozinha, eu preciso de vocês dois.

Carro de Diego.

Diego – É tarde demais meu amor, chegou a hora. – Diego pega o telefone da mão de Carol e joga pela janela.

Carro da Polícia

Arlete (Chorando e desesperada) – Mãe? Mãe? MÃÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAE!

Carro de Diego

Diego – Agora vamos morrer juntos, como um casal que se ama deve fazer.

Carol (Grita) – Não Diego, não faz isso, não faz isso.

Diego acelera o carro e se joga no penhasco.

Carol – NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!

O carro encapota várias vezes no penhasco, Carol cai para fora do carro mas Diego continua dentro do carro que encapota até o fim do penhasco e explode.

Os carros da polícia que perseguiram o carro de Diego param e presenciam todo acidente. Arlete desce do carro que estava e corre desesperada.

Arlete (Grita e Chora) – Não, Não, Não, Não, NÃO, NÃO, NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO.

Arlete (Grita e Chora) – NÃO, NÃO, NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO. – Arlete abraça Felipe.

Cena 9. Ilha de Itaparica / Matagal / Noite.

Joseph chega com um rapaz para ajudá-lo.

Joseph – Ela está ali na barraca que eu armei para dormimos. – diz Joseph correndo até a barraca.

Joseph – Maitê achei uma ajuda. – Joseph tenta acordar Maitê e não consegue.

Joseph – Ela não quer acordar. Maitê, acorda Maitê.

Matias – Ela deve estar desmaiada, vamos leva-la a um hospital urgente. – Matias carrega Maitê e a leva.

Cena 10. Rio de Janeiro / Dia.


Cena 11. Rio de Janeiro / Av. das Américas / Escritório de Arquitetura / Sala de Victor / Dia.

Caíque invade a sala de Victor para chantageá-lo.

Caíque (Sorrir) – Good Morning my brother.

Secretária – Desculpa Sr. Victor tentei impedi-lo de entrar mas não conseguir.

Victor – Pode ir, eu me resolvo com este senhor.

Secretária – Mais uma vez me desculpe. – diz a secretária saindo.

Victor – O que você está fazendo aqui?

Caíque – Eu no seu lugar não trataria alguém que sabe tanto quanto eu nesta de forma tão ríspida e mal educada. Não vai me oferecer um café?

Victor – Não estou para brincadeiras Caíque e não estou disposto a perder meu tempo com você, diz logo o que você quer.

Caíque – Se você prefere seremos diretos. – Caíque pega o seu celular, coloca sobre a mesa de Victor e liga na gravação.

“Gravação – As coisas naquele casa vão piorar ainda mais, eu só vou sossegar quando eu destruir a vida do Felipe Lontra, ele vai pagar por tudo que ele a minha mãe no passado.”

Caíque – E agora irmãozinho tem tempo para mim?

Congelamento em Victor com um semblante de raiva.

Fim do capítulo.

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