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O SUPLÍCIO e a temática LGBTQIA+ no gênero Horror

  • Foto do escritor: Estúdio Webs
    Estúdio Webs
  • 23 de jul. de 2023
  • 4 min de leitura


E não pense que não criemos pânico! Vamos todos Embarcar nesse carrossel sombrio! Rápido, ou perderemos o trem! Todos sabem, mas é sempre bom lembrar!

“O Suplício” estreia dia 25, (TAN TAN TAN - Close). No estudiowebs, e não podíamos deixar de falar sobre algumas temáticas relevantes que a série irá abordar. Bem, nessa matéria vamos te apresentar ao mundo do Horror Queer. Desde já, aliás, já venho com Uma pergunta: Você sabe que gênero é esse? Talvez você tenha uma ideia? Rápidas opiniões sobre? Ah, se afobe não, caro leitor, estamos aqui para tirar todas as suas dúvidas, até que sobre só o medo. MUAHAHAHAHAHA! (o seu papel aqui é desvendar mistérios, ou morrer antes. Brincadeira).



O HORROR NO CINEMA E NA LITERATURA:

O gênero Horror é conhecido por explorar elementos assustadores, macabros e sobrenaturais para provocar medo, suspense e tensão no público. A abstrata ideia de terror ou o ato de transmitir o sentimento de terror ou horror pode ser identificado em todas as formas de arte. Com isso quero dizer que além dos filmes e da literatura, o Horror pode ser identificado em pinturas, fotografias, músicas e até mesmo jogos eletrônicos.


Com o tempo, o gênero evoluiu e se diversificou, apresentando diferentes subgêneros, como o terror psicológico, o slasher (filme de terror com assassinos em série), o terror sobrenatural, o terror sci-fi e muito mais. Alguns exemplos icônicos do cinema de terror incluem "Psicose" (1960), "O Exorcista" (1973), "Halloween" (1978), "O Iluminado" (1980), "A Hora do Pesadelo" (1984), "Garota Infernal" (2009) e muitos outros.

Já no campo da literatura, suas origens remontam a obras antigas, como contos de fantasmas e lendas macabras. No entanto, o gênero ganhou popularidade com o crescimento da literatura gótica nos séculos XVIII e XIX. O gênero Horror na literatura também se expandiu para abranger diversos subgêneros, como horror sobrenatural, horror psicológico, horror cósmico e horror gótico, entre outros.


Autores clássicos como Edgar Allan Poe, Mary Shelley, Bram Stoker e H.P. Lovecraft são referências fundamentais no gênero Horror. Obras como "Frankenstein" (1818), "Drácula" (1897), "O Corvo" (1845), influenciaram inúmeras gerações de escritores e leitores.


Além dos clássicos, existem muitos autores contemporâneos que contribuíram significativamente para o gênero.

As obras de Stephen King, por exemplo, são amplamente populares e têm sido fundamentais para o ressurgimento do interesse no gênero Horror nas últimas décadas.




O GÓTICO COMO SUBGÊNERO DO HORROR:

O Gótico é um subgênero do Horror, com elementos sombrios, atmosfera macabra, paisagens melancólicas, temas sobrenaturais e uma sensação de decadência e mistério. Tanto no cinema quanto na literatura, o gênero gótico tem suas raízes na literatura gótica do século XVIII, mas também se estendeu a outros meios de expressão artística ao longo dos anos, viu? Vamos conhecer?

Surgiu no século XVIII com a publicação do romance "O Castelo de Otranto" (1764), de Horace Walpole. Essa obra é considerada o marco inicial da literatura gótica e apresenta elementos como castelos sombrios, eventos sobrenaturais, fantasmas e maldições. Logo após, outras obras literárias, logo após vieram outras obras, como uma tal de “O Morro dos Ventos Uivantes”, conhece? Quem foi crespusculete conhece sim!



Os romances góticos frequentemente apresentam heroínas em perigo, vilões sinistros, ambientes góticos vocativos e uma aura de mistério. Outras características comuns incluem passados trágicos, segredos familiares, castelos assombrados e acontecimentos inexplicáveis. Peraí! Vamo parando por aqui senão eu vou contar tudo que tem em “O Suplício”. A graça é o mistério! O que é que há?

Um dos romances góticos mais famosos e influentes é "Entrevista com o Vampiro" (1976), de Anne Rice, que tem um quê de erotismo, de safadeza oculta, mas isso a gente deixa para outra matéria. Cultura livre por estudiowebs?


Climinha de chuva… Quem nunca botou um My Chemical Romance, ou Evanescence para tocar?

Na poesia, temos alguns escritores que quando mais uma noite chega, com ela vem junto a depressão. Não diria que Fernando Pessoa é gótico, mas alguém já leu O Livro do Desassossego? Enfim, mas o que com certeza está nessa lista é Augusto dos Anjos! Esse cara é sinistro.


Além dele, Florbela Espanca não deixa passar uma faísca de chama morna, mesmo do alto de sua torre de névoa.


Além dele, Florbela Espanca não deixa passar uma faísca de chama morna, mesmo do alto de sua torre de névoa.


HORROR QUEER OU QUER HORROR: O protagonismo LGBTQUIA+


Sim, antigamente, todo gay e preto morria bem antes do final do filme.


O termo "Horror Queer" tem suas origens no mundo acadêmico e foi cunhado para descrever filmes, literatura e outras obras de terror que abordam questões relacionadas à identidade de gênero e à sexualidade não-heterossexual. Essas obras muitas vezes subvertem os tropos tradicionais do gênero de terror e utilizam o medo e o horror como uma maneira de explorar os desafios, discriminações e ansiedades enfrentadas pela comunidade LGBTQ+, como a luta pela aceitação e o medo de revelar a sexualidade ou identidade de gênero, representação de personagens queer como protagonistas fortes, bem como a representação simbólica de elementos que refletem as experiências da comunidade.

É importante notar que o Horror Queer não se limita apenas a filmes e literatura, mas também pode ser encontrado em outras formas de arte, como séries de TV, quadrinhos e teatro, entre outras mídias.


O Horror Queer é mais do que uma só mais uma maneira de apresentar as vozes mimizentas de uma comunidade que faz questão de se incluir num mundo do qual fazem parte (olha que absurdo!), também oferece uma oportunidade importante para a expressão artística e a reflexão sobre questões sociais relevantes, além de fornecer uma plataforma para a representação e empoderamento da comunidade LGBTQ+ no universo do terror.


Temos algumas representações importantes, tanto no cinema quanto na literatura. Falamos de obras como A Hora do Pesadelo 2 (1985), que embora haja controvérsias quanto a forma narrativa, a intenção foi essa mesmo. É gay! Do início ao fim. Temos o clássico cult “Garota Infernal”, com Megan Fox e Amanda Seyfried. Quer mais? A série Dante’s Cove (2005), a trilogia recente dos filmes Rua do Medo (2021).


No Brasil, nós temos o elogiadíssimo “As Boas Maneiras” (2018), que embora não tenha sido lançado Estiano, a Marjorie está nele. Sacou a piadoca? Não? Tá.

Enfim, te vejo na estréia de O Suplício. Acho que você já sacou em que pé estamos nisso, né?



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