PRÉ-ESTREIA: Nada Além do Seu Amor

Boa noite, sejam bem vindos a mais uma edição do PRÉ-ESTREIA que hoje vem para apresentar a mais nova aposta da estúdio.webs, a web novela Nada Além do Seu Amor, trama criada e escrita por Everton B Dutra e que chega ao catálogo da emissora amanhã em horário especial, às 22h.

Há duas semanas que a estúdio vem divulgando a web com todo empenho, em nossas redes sociais e apresentando aos poucos a web e os personagens. Mas só aqui você pode conhecer a fundo tudo sobre Nada Além do Seu Amor. Confira a sinopse completa da web.

SINOPSE:

ANDRÉ DESLAURIES é um homem gentil e determinado e de família rica, que no passado, quando jovem, foi dependente químico e vagou pelas ruas como um sem teto à mercê da chacota e da falta de empatia das pessoas. Recuperado de seu vício, ele luta para erguer a TARDES DE SOL, uma clínica de reabilitação gratuita para acolher pessoas em vulnerabilidade. Mas essa não é sua única motivação; André vem buscando pela pessoa que salvou sua vida há 10 anos atrás, quando quase morreu de overdose na porta de uma igreja. Tudo o que lhe restou da pessoa desconhecida foi um colar com o símbolo do infinito, mas sendo uma bijuteria comum, como pista de um paradeiro misterioso não lhe serve de muita coisa. Mantém suas esperanças por encontrar essa pessoa da mesma maneira que mantém o colar por perto, assim como também sustenta a certeza de que não irá desistir até achá-la. O que André não faz ideia é que o dono deste colar não está tão distante e muito menos desapareceu do mundo.

AQUILES CASTELLI sofreu muito no seu passado, perdendo sua mãe num acidente de carro. Tudo o que havia lhe restado era um colar que a mesma havia lhe presenteado em vida, mas perdeu-o há muito tempo. SUELI era sua mãe adotiva. Ele foi deixado ainda recém nascido na porta da mulher que, sem filhos, não hesitou em adotá-lo. Aquiles aprendeu com ela a lutar pelo que quer e não ter medo de enfrentar a vida. Ele trabalha como faxineiro numa faculdade pelo dia e no período da noite se apresenta numa casa de shows como FLORBELA FIRMINO, sua persona drag queen, performando músicas para o seu fiel público, momento em que se sente verdadeiramente liberto de sua realidade. Apesar dos percalços que enfrenta, Aquiles tem uma forte rede de apoio; sua melhor amiga JOANA e a filha dela, a esperta criança ANALÚ.

JOANA STERLING engravidou de Analú ainda adolescente numa festa e desconhece a identidade do pai de sua filha. Expulsa de casa e renegada pelos pais, Joana fez sua vida com muita garra, mas guarda um ressentimento por CÍNTIA CADORI, sua “amiga” no tempo do colegial, responsável por expor aos quatro ventos sua gravidez. Joana é dona e proprietária da Lanchonete Divônica e pensa que lhe falta tato para lhe dar com Analú, que parece ser bem mais adulta do que ela própria. Ainda, Joana tem de lidar com aparecimento repentino de um paixonite do passado, um homem que a desprezou sem ao menos lhe dar uma chance.

Do outro lado da cidade, toda a riqueza não é capaz de encobrir uma vida infeliz e de aparências. CÍNTIA CADORI parecia ter o futuro perfeito com o fim do colegial, mas seu casamento com RUBENS MECCHIATO, namorado do ensino médio, está em um declínio iminente. De volta ao Brasil depois de anos morando fora, Cíntia vê, além do desprezo pelo país, um chance de pôr o casamento nos eixos, mas Rubens não está muito interessado em reconciliamentos conjugais, ou mesmo na paternidade a qual em qualquer oportunidade se ausenta. Cíntia não sabe, mas Rubens mantinha um caso secreto com Aquiles no tempo do colégio. Usando o garoto para seu divertimento, costumavam ficar escondidos no banheiro da escola nos intervalos, mas depois de satisfeito, humilhava Aquiles que, apaixonado, se submetia ao armário de Rubens. Agora, de volta a cidade, Rubens encontra Aquiles sem esperar e vê nele a mesma brecha no seu armário para escapar de sua vida infeliz e de seu casamento fracassado, adquirindo uma verdadeira obsessão emocional pelo homem. Segredos marcam o passado de Rubens, mas o maior deles seria o seu homicídio culposo agravado por omissão de socorro no trânsito. Há quem possa falar melhor disso.

ARMANDINHO LAFAYETTE tem por personalidade ser advogado. Melhor amigo e fiel escudeiro de André, Armandinho é metódico, certinho e um grande “fraldinha”, apelido dado por Joana, mulher que fez parte de seu passado. Joana sempre deu a maior condição para Armandinho quando jovem, pois o achava engraçadinho, mas ele, por ser mais velho, desdenhava de seus sentimentos. Ao se encontrarem numa situação inusitada, Armandinho e Joana imediatamente trocam farpas. Ela, por vingança, ele por não saber lidar com a personalidade ferrenha da mulher.

Paralelo a isso, delitos são cometidos por PÁRIS SIQUEIRA, um golpista articulado de primeira categoria. Agarrou a oportunidade de se passar pelo filho perdido do ricaço arrependido MAURO HOLANDA, usurpou uma identidade que não é sua e será capaz de tudo para pôr as mãos no dinheiro do “papai”, mas se vê com os dias contados em seu plano de se livrar da irmã THIALA, adolescente com uma deficiência visual, filha legítima de Mauro e única capaz de enxergar Páris melhor do que qualquer outra pessoa, quando BABY, um detetive enxerido, retorna cheio de dedos na sua história muito mal amarrada. Com a ajuda da cafetina TEREZA, suas maldades não terão limites. Independentemente de seu vício por dinheiro, Páris nutre uma paixão por André, que não quer nada sério com ele. Dissimulando sua própria realidade, a vida perfeita para Páris é ter tudo, do dinheiro ao amor.

CONHEÇA ALGUNS DOS PERSONAGENS, com os comentários de Everton B Dutra:

André Deslauries: De pai francês e mãe brasileira, André é um cara de bem com a vida. Aprendeu a valorizar cada momento após quase se perder para o seu vício em drogas quando jovem. É fácil se apaixonar pelo jeito doce e educado dele. Difícil é somente conquistar o seu coração, reservado, ainda que de maneira inconsciente, a um amor compenetrado pelo rapaz que salvou sua vida no momento em que lutava por ela. Guarda na memória o rosto embaçado dessa pessoa, ficou com seu colar na esperança de que por alguma ironia do universo os dois voltassem a se encontrar novamente. Desconhece a necessidade de encontrar essa pessoa, se por agradecimento, ou algum outro sentimento maior que o tenha. Além disso, se dedica a exercer sua profissão de advogado no escritório da família e está na correria para erguer uma casa de reabilitação gratuita destinada aos que precisam. Ainda que cansado da sua rotina cansativa de sempre, ele espera pelo dia em que encontrará a parte que tanto lhe falta.

Everton B Dutra: Uma Clarice Lispector para André Deslauries? “Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei”. Cara, eu amo escrever as cenas do André! Ele é um personagem muito leve, muito alegre, e muito emocionado! O mais mais que eu já escrevi. Joca e Thales (Destino Ao Coração) perdem de lavada, viu? Ele não tem nenhum problema em correr atrás da pessoa que ele ama, e se apaixona mesmo à primeira vista, e também não faz questão de esconder de ninguém. Só perde para o Martin (No Te Pido Flores). Acho que o traço mais bonito dele, é que ele respeita as pessoas como elas são e absolutamente em nenhuma cena o público o verá agredindo fisicamente uma outra pessoa. Ele está completamente fora desse tipo de confronto, o que pode ser perigoso quando se trata de um “herói”, que geralmente está atrelada a essa mais viril, da violência como coragem, e talvez não seja bem por aí. Eu adoro sim um barraco, socos e tapas, e terá, porém essa função está disposta a outros personagens. Ainda sim, ele sabe como se defender e defender aos dele, e existem outras formas que não uma luta corporal. Nessa construção, ao menos.

Aquiles Castelli: Órfão de mãe e pai, Aquiles cresceu tendo que lidar com as dificuldades da vida. Quando bolsista em um colégio particular, sofreu diversas humilhações, embora fosse o aluno mais brilhante da instituição. Sua mãe adotiva, Sueli, era costureira e ensinou-lhe o dom da costura, ofício que lhe ajuda a construir os figurinos para Florbela Firmino, o personagem que utiliza quando performa numa casa noturna de shows. Faxineiro pela manhã, drag queen pela noite. Sempre com a cabeça erguida, Aquiles não tem sorte no amor. Ainda adolescente teve um caso às escondidas com Rubens, que era namorado de Cíntia. Apaixonado, engolia os sapos e as migalhas que Rubens oferecia com muita dificuldade. Tem planos de prestar vestibular e finalmente conseguir entrar numa faculdade, sonho que teve que abrir mão após a morte da mãe, mas o medo o impede, assim como o impede de fazer muitas coisas na vida. Não costuma lembrar das coisas boas que já fez as outras pessoas, mas defende o que acredita com unhas e dentes, uma pena não ter tanta determinação quando o assunto é ele mesmo.

Everton B Dutra: Uma Clarice para Aquiles Castelli? “Que eu tenha a coragem de me enfrentar”. O Aquiles tem sangue quente. Ele compartilha de ideais semelhantes aos de André, e também é uma pessoa maravilhosa, mas essa coisa de ficar “sovando massa” não é com ele não. Ele roda a baiana quando tem que rodar e coloca as pessoas em seus devidos lugares. Ele é do tipo que avisa antes de explodir, faz de um tudo para evitar confrontos, mas não arrega quando a coisa fica mais tensa. Ele é uma drag queen no período da noite e, olha, isso requer muita coragem, porque a depender da pessoa que sabe desse talento, que ele é um artista que performa belíssimas canções, pode ser que vire motivo de chacota e piadas. É um personagem diferente, ele tem suas nuances, seus medos, mas não se entrega totalmente a esses medos. A busca por ele mesmo na trama vai ser muito bonita. É um processo que exige pesquisa e muita paciência na construção. É um personagem complexo, que toma decisões e tem atitudes que podem ser questionáveis. Ele é um mocinho, mas ele consegue ser cruel quando quer, e ele também não fica isento de sua própria crueldade. “Deve ser exaustivo sempre torcer pelo anti-herói”. Aquiles é o seu próprio anti-herói. Talvez possa haver comparações entre André/Aquiles e Elói/Felippo, de Amar a Seu Modo, e eu entendo o pensamento, mas eles são muito diferentes. O André é o completo oposto do Felippo, porque ele não tem a raiva que o Felippo tinha, os traumas, enfim. Já o Elói, por exemplo, jamais ia se sujeitar a situações que o Aquiles se sujeita, e reprovaria completamente suas decisões de vida. Felippo e Elói eram um pouco mais moralistas, devo admitir.

Joana Sterling: Mãe solteira, dona e proprietária de estabelecimento comercial. Joana viu seu chão desabar quando se descobriu grávida aos 17 anos. Abandonada por todos e sem saber quem era o pai da criança, Joana teve ajuda de Aquiles e os dois criaram Analú na base da amizade e empatia. Recuperada, Joana administra a Lanchonete Divônica e se encontra pisando em ovos quando o assunto é maternidade. Não mede esforços para ser uma boa mãe, mas sente que ainda é uma completa novata no assunto, mesmo sua filha já tendo 10 anos de idade. Não se dobra por ninguém, mas alguns fantasmas do passado voltam para lhe atormentar, como uma paixão de adolescente que nunca foi correspondida.

Everton B Dutra: Uma Clarice para Joana Sterling? “Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania”. Como a última novela que escrevi foi há não muito tempo, confesso que eu trocava o nome da Jona pelo nome da Cida (Destino Ao Coração) em algumas cenas, principalmente as de alívio cômico. Ela transita bastante entre o drama e o humor. As duas personagens possuem “notas de fundo” na composição bastante semelhantes. A Joana é uma mãe precoce, então ela não tudo sobre a maternidade, o que é aceitável, porque ela está longe de ser uma mãe irresponsável, ela só se questiona se está fazendo ao certo, e às vezes até se sente intimidada pela filha, a Analú (espertíssima, inclusive). É aquela relação “grande menina, pequena mulher”. Ela é engraçada, popular, babadeira. Vira uma leoa quando a filha é ameaçada (spoiler no more), e quando querem fazer pouco do melhor amigo, Aquiles. Joana tem essa questão da proteção, até pelo o que aconteceu com ela no passado.

Cíntia Cadori: Linda, louca, mimada e completamente sozinha. Cíntia outrora tinha sido a rainha de seu tempo de escola, brilhante e cheia de atitude. Atualmente, não passa de uma esposa que cobra que seu marido cumpra seu papel. De volta ao Brasil, país que odeia, Cíntia zela apenas por seu filho, a quem Rubens, seu esposo, pouco se importa. Inconsciente das falcatruas de seu marido, Cíntia releva seus deslizes e se põe cega a sua apatia para o relacionamento dos dois, na esperança de que voltem a ser o que verdadeiramente nunca foram. Do alto do seu egoísmo, não pensa que em algum momento, a vida pode cobrar todas as suas pendências do passado.

Everton B Dutra: Uma Clarice para Cíntia Cadori? “A esperança era o meu maior pecado. Eu queria o seu bem, e em resposta ele me odiava”. Ih, que pesado, heim? Essa é uma personagem que vai dividir opiniões, e eu gosto disso. Eu não vou dizer se ela é ou não uma vilã. Vou deixar o público decidir isso. Embora ela consiga dissimular isso em si, é a personagem mais triste que eu já escrevi, porque ela tem uma solidão imensa dentro de si. A sua infelicidade é absurda e isso a move, é o que a faz agir. Sua inveja genuinamente é da felicidade alheia. Ela quer o que, por exemplo, a Joana tem. Como que uma pessoa que perdeu tudo consegue ser feliz e ela que tem tudo não? Ela espera, ela ânsia pela por isso, mas cada vez ela se distancia da felicidade. E aí fica o questionamento de se ela é infeliz porque tem esperanças, ou se ela ainda tem esperanças porque é infeliz. Afinal de contas, caro público, Cíntia Cadori será uma vítima, uma vilã, uma anti-heroína, uma antagonista? Ou nenhuma das duas coisas? Ou até que ponto algumas dessas coisas? Eu não faço ideia.

Rubens Mecchiato: Há pouca ou quase nenhuma luz dentro do seu armário. Rubens mantém sua pose à custa de um casamento laranja, para calar a boca de qualquer pessoa. Sempre agiu assim, nas surdinas, e nunca teve a coragem de revelar quem realmente é por detrás da pele de cordeiro. Definitivamente odeia o seu casamento, pois embora o veja como um libertador, sente-se preso. Vive de infidelidades e constantes lutas consigo mesmo, mas isso não o torna tão mais humano do que a margem pode mostrar. Rubens cometeu um delito quando jovem, a caminho do baile de formatura, um acidente de trânsito: matou alguém e fugiu do lugar. Parece conseguir lidar bem com isso, mas as coisas começam a desandar quando reencontra Aquiles, e logo vê nele a chance de respirar para fora do seu esconderijo. Utilizará de sua arma mais forte, o jogo psicológico, para moldar a história a sua narrativa, mas no encalço de seus planos, o bicho-papão de seus pesadelos: o amor. Será seu ódio e sombra forte o suficiente para impedir que o amor salve o dia, no fim das contas?

Everton B Dutra: Uma Clarice para Rubens Mecchiato? “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”. Ele é um vilão. O principal vilão de Nada Além do Seu Amor. Acreditem no que eu digo. Não se enganem com as coisas que o Páris pode fazer, o Rubens é muito pior que o Páris, e isso é mostrado de maneiras, inicialmente muito sútis. Na minha visão como escritor, o Páris é um vilão que age de modo externo, suas ações são externas, é uma tentativa de assassinato, é um sequestro, é um incêndio, as pessoas percebem, e elas podem fugir disso. O Rubens age de modo interno, suas ações são internas. Se há como fugir de um incêndio, de um sequestro, porque isso é perceptível aos olhos, como que se há de fugir quando o dano é interno, quando o vilão age por debaixo de sua pele? O Rubens pode parecer pouca coisa ali nas cenas, mas é notável como toda a história pode ter se iniciado por causa dele. Lidar com o Páris é muito mais fácil do que lidar com o Rubens. Os dois são vilões muito bons no que fazem, mas com certeza o Rubens é mais perigoso, porque ele sabe como “apagar” uma pessoa. Cês vão ver. Às vezes as coisas que ele faz podem passar até mesmo despercebidas pelo próprio público. Sacar qual é a dele é o pulo do gato. Ai, meu Deus, vai ser uma novela muito divertida! Aguardem.

ABERTURA:

NADA ALÉM DO SEU AMOR estreia amanhã (15) às 22H no catálogo da estúdio.webs